Um documento elaborado por professores, retratando algumas angústias e fatos desmotivadores que estes profissionais vivenciam nas escolas da rede estadual de ensino, ganhou respaldo na Assembleia Legislativa (Ales).

Na primeira sessão legislativa desta semana, os deputados estaduais aprovaram a Indicação 2199/2019 do deputado Sergio Majeski (PSB) ao Governo do Estado para que a Secretaria de Educação (Sedu) adote medidas para desburocratizar a elaboração dos planos de aula dos professores da rede estadual e para melhorar e simplificar o Diário de Classe Digital.

“O professor precisa é de ter mais tempo para planejar efetivamente as aulas, para ler e para pesquisar. Desde o início dos trabalhos na Assembleia Legislativa tenho recebido reclamações constantes, principalmente durante as visitas realizadas nas escolas públicas, sobre o excesso de burocracia existente nas escolas, impondo aos professores e pedagogos, por exemplo, uma série de atribuições que pouco influenciam no bom rendimento dos alunos”, destaca o deputado Majeski.

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Cumprimento dos Planos Nacional (PNE – 2014/2024) e Estadual de Educação (PEE – 2015/2025) e integrante da Comissão de Educação da Ales, deste o início do mandato Majeski já visitou 263 escolas da rede estadual, conversando e recebendo demandas da comunidade escolar, em especial alunos e professores.

“Estamos em situação delicada dos pontos de vista físico, moral e econômico. Certas vezes parecemos mais secretários a preencher formulários e imprimir folhas do que os responsáveis pelo futuro do país, como nos alcunham. Perdemos o tempo do planejamento para preencher um sistema online pouco prático, lento e ineficiente. Sugam nossa energia vital em atividades diferentes das quais dedicamos nossa vida a estudar. E, então, adoecemos. Problemas cardíacos, ansiedade, depressão. Somos pressionados diariamente, mas é humanamente impossível dar conta de tantas funções burocráticas e planejar nossas aulas ao mesmo tempo”, diz parte do relato assinado por um grupo de professores da rede estadual.

Fonte: Hoje