Cerca de 1.600 no Estado são expulsos todo mês do aplicativo. Controladores também denunciam divulgação de mensagens de ódio

Andar nas ruas e não ver uma pessoa com um celular na mão passando mensagens pelo WhatsApp tem sido um verdadeiro desafio. Só que nem todas as pessoas estão respeitando as políticas da plataforma e, por conta disso, têm sido banidas.

Todos os meses, 2 milhões de usuários são banidos no mundo.

No País, no período de um ano (entre outubro de 2018 e setembro deste ano) foram 1,5 milhão de exclusões, ou seja, 125 mil por mês. Entre os motivos, está a divulgação de notícias falsas e pornografia.

As estimativas do especialista em tecnologia da informação Eduardo Pinheiro são de que, no Espírito Santo, cerca 20 mil foram banidos no período de um ano. Ou seja, aproximadamente 1.600 por mês. As exclusões, segundo ele, são de contas individuais.

“As mensagens são criptografadas, mas o WhatsApp possui mecanismos de detecção de atividades anormais, principalmente por volume de mensagens encaminhadas. Esse volume de mensagens acaba se equiparando aos inconvenientes Spams, o que é vetado nos termos de uso do aplicativo.”





Desta forma, como destacou Eduardo Pinheiro, independentemente do conteúdo das mensagens, o perfil do usuário é banido por violar as regras de utilização da ferramenta.

“Além do monitoramento das atividades anormais, o WhatsApp recebe diariamente milhares de denúncias de mensagens com teor político, de ódio, de preconceito ou cunho criminoso, entre as quais pornografia infantil, e pode banir também esses perfis que disseminam esse conteúdo.”

O advogado e doutor em Direito Digital, Marcelo Bulgueroni, ressaltou que um dos motivos que tem levado o bloqueio de usuários é instalar aplicativo que altera o funcionamento do WhatsApp.

“Muita gente instala aplicativos para mudar a cor ou a fonte do seu WhatsApp, ou para acusar a última vez que pessoas visualizaram as mensagens, por exemplo.”

Ele ressaltou que o WhatsApp é um serviço privado e, se as pessoas não estão saindo do “combinado”, que está descrito nos termos de uso, não há nada a temer.