Redação Capixaba
Placa feita com cartuchos foi destaque na 1ª convenção da Aliança pelo Brasil, no hotel Royal Tulip, em Brasília, em novembro

Partido de Bolsonaro só apresentou 66.252 das 492 mil assinaturas exigidas.

O Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro quer criar, admite que não tem tempo hábil para participar das eleições municipais de 2020. O prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para que as siglas obtenham registro é 4 de abril. Até o último domingo (27.fev.2020), o TSE só havia validado 3.334 assinaturas das 492 mil exigidas.

A cúpula da legenda afirma que já foram conseguidas mais de 1 milhão de rubricas e que o problema estaria nos cartórios eleitorais.

“Nossa parte foi feita, mas os cartórios eleitorais estão recusando todas as fichas com firma reconhecida. Eles alegam que não houve regulamentação. Além disso, o sistema cai toda hora. Os cartórios eleitorais não estavam preparados para 1 volume tão grande [de assinaturas], alegou o advogado Luís Felipe Belmonte dos Santos, 2º vice-presidente do Aliança pelo Brasil, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.

Há 10 dias, a advogada Karina Kufa, tesoureira da legenda, disse no Twitter que eles já haviam alcançado o número mínimo de assinaturas para o registro –são 492 mil–, mas pediu que a coleta continuasse porque a sigla estaria passando por dificuldades com “questões burocráticas”.

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O Aliança pelo Brasil entrou com 1 pedido no TSE para que a validação das assinaturas fosse dispensada pela Justiça Eleitoral quando o apoio já tiver sido reconhecido pelo tabelião do registro de notas. A solicitação ainda está tramitando. A cúpula do partido também reclama de problemas técnicos no SAPF (Sistema de Apoiamento ao Partido em Formação), do TSE.

O resultado é que, até agora, o Aliança apresentou só 66.252 assinaturas, segundo o Tribunal. Dessas, 12.198 já foram consideradas inaptas.

As 492 mil assinaturas necessárias precisam ser distribuídas por pelo menos 9 Estados, cada 1 deles com quantidade equivalente a 0,1% dos eleitores que votaram nas últimas eleições municipais.