O TCU pede informações ao Ministério da Saúde sobre armazenamento, fracionamento e distribuição de milhões de comprimidos da cloroquina. Para o Exército, o tribunal solicitou dados relacionados à produção da substância

O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou, nesta sexta-feira, 12, ao Ministério da Saúde e ao Exército informações sobre a produção e distribuição de cloroquina – remédio sem eficácia comprovada contra a Covid-19. O ministro Benjamin Zymler deu 15 dias para as respostas.

Zymler é o relator dos processos sobre a atuação do Ministério da Saúde no combate à pandemia do novo coronavírus.

A cloroquina, apesar de não ter eficácia comprovada contra a doença, é divulgada pelos bolsonaristas como um tipo de tratamento precoce. O governo de Jair Bolsonaro adquiriu e distribuiu a substância para diversos municípios, estados e instituições do País. 

O Ministério da Saúde usou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina, com o emprego de dinheiro público emergencial  voltado a ações contra a Covid-19.

O TCU pede informações à pasta sobre armazenamento, fracionamento e distribuição de milhões de comprimidos da hidroxicloroquina. O tribunal também pediu ao Exército, que produz a substância, informações sobre a dispensa de licitação para compra de Sal Difosfato, usado na produção de cloroquina; a quantidade de cloroquina de 150 mil produzida em 2017, 2018 e 2019; o volume de Sal Difosfato usado nessas produções e a previsão de produção de cloroquina de 150 mg para 2021.