Dicas ajudam a saber se o notebook da maçã está conservado e livre de defeitos
Os MacBooks têm características que os tornam uma boa opção para quem busca um notebook usado. Embora tenham preço mais elevado em relação a modelos rivais com ficha técnica similar, os laptops da Apple são conhecidos pela durabilidade. Além disso, os computadores da marca trazem sistema operacional que continua recebendo atualizações por bastante tempo.
Um MacBook Pro de 2015, por exemplo, pode ser encontrado por preços entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, enquanto o modelo mais recente está à venda por preços a partir de R$ 11 mil no site oficial da loja. Apesar da diferença no valor, é preciso tomar algumas precauções antes de se aventurar nos mercados de usados em busca de algo mais barato. Veja a seguir dez coisas que você precisa saber na hora de comprar um MacBook usado.
1 – Ano de fabricação
Descubra o ano de fabricação imediatamente ao ver um anúncio de MacBook usado. A informação é importante porque não apenas indica o possível tempo de uso da máquina, mas também aponta o prazo restante para que o produto seja considerado obsoleto.
Além disso, o dado permite saber se o notebook está em listas de recall, como é o caso do MacBook Pro recentemente proibido em voos no Brasil e no mundo, fabricado entre setembro de 2015 e fevereiro de 2017. A data pode ser conferida no sistema, por meio do menu “Sobre este Mac”, ou na Internet, por meio do número de série.
2 – Ano em que foi comprado
O ano em que o MacBook foi comprado indica o tempo de uso do produto. A informação não mostra, necessariamente, se um computador está ou não em bom estado de conservação, mas ajuda a saber se a garantia ainda vale. A data de compra pode ser consultada no documento fiscal emitido pela loja, seja na Apple ou em uma revendedora terceirizada. A Nota Fiscal pode estar impressa ou disponível eletronicamente no e-mail do dono original.
3 – Garantia ainda vale?
A data de compra não é a única forma de descobrir se um MacBook ainda está na garantia. Mesmo que o primeiro dono não informe o dado – seja por ter perdido a NF ou por não se lembrar –, a Apple tem uma ferramenta de consulta online que pode ajudar. Peça o número de série do Mac e consulte na página de suporte (https://checkcoverage.apple.com/br/pt) se o computador ainda tem alguma cobertura.
4 – Pedir fotos reais do produto
Peça sempre fotos reais – de preferência, feitas na hora – para comprovar a autenticidade do produto. A estratégia é eficaz para driblar vendedores que tentam enganar consumidores usando imagens roubadas de outros anúncios. Peça uma garantia de que a foto é recente e verifique por amassados na carcaça, rachaduras na tela ou outras marcas físicas que indicam possíveis quedas (laptops que já caíram podem esconder danos internos irreversíveis, dependendo do acidente).
5 – Ciclos da bateria
Um dos dados que melhor indicam o estado de conservação de um MacBook é a contagem de ciclos de bateria. A informação mostra exatamente a expectativa de vida útil do componente e aponta se um MacBook comprado recentemente já foi usado demais, ou se um produto comprado há mais tempo foi pouco usado.
MacBooks fabricados a partir de 2010 têm bateria que dura 1.000 ciclos antes de precisar ser substituída. No caso do MacBook Pro, a medida também vale para modelos de 15 polegadas a partir de de meados de 2009 e de 17 polegadas produzidos do início de 2009 para cá.
6 – Versão do macOS
Opte por MacBooks com macOS mais recente. Quanto mais atualizado estiver o sistema, mais chances o computador tem de ser novo e de não ter apresentado bugs durante o processo de atualização. O software mais atual é o macOS Mojave, compatível com qualquer MacBook de 12” do início de 2015 ou mais recente e MacBook Air e MacBook Pro de meados de 2012 ou mais novos. A versão do macOS pode ser consultada no menu “Sobre este Mac”.
7 – Inicialize o sistema
MacBooks com defeito podem ter o macOS instalado, porém corrompido. Na hora de comprar um produto usado, um dos primeiros testes deve ser ligar o computador e inicializar o sistema por completo, até que seja exibida a mesa (desktop). Se o software não iniciar corretamente, é possível tentar reinstalar pela Internet ou por meio de um HD externo.
8 – Testar a tela
Em negociações presenciais, aproveite para testar alguns aspectos de hardware do MacBook. Comece buscando pixels mortos na tela: abra uma imagem totalmente branca em tela cheia e verifique se há pontos apagados. É normal que um pixel ou outro não acenda depois de alguns anos de uso, mas é importante ficar atendo caso haja grupos de pontos cegos, pois eles podem indicar algum problema em marcha no display.
9 – Verificar teclado e trackpad
Um simples Shift travado pode provocar um problema e tanto no dia a dia. Por conta disso, é importante checar as teclas uma por uma. Abra um documento para saber se não há nada emperrado e use o teclado virtual do sistema para ver se teclas modificadoras estão funcionando.
Aproveite também para ver se o trackpad está em bom estado e se não há rachaduras. O trackpad de alta qualidade é uma das assinaturas do MacBook, portanto, suspeite se o cursor não mover com a suavidade esperada.
10 – Carregador é original?
Um carregador pirata pode trazer grandes problemas para um equipamento da Apple. Verifique se o cabo traz as inscrições da empresa no acabamento e certifique-se de que não haja emendas e outras gambiarras que podem colocar a bateria e o aparelho todo em risco. Se o acessório não estiver em bom estado, pode ser mais vantajoso procurar outro computador para comprar, já que um carregador novo na Apple custa entre R$ 349 e R$ 549, dependendo do modelo.