A osteoporose, que provoca a perda de massa óssea, afeta uma a cada três mulheres e um a cada cinco homens após os 50 anos de idade. Mas parece que pouca gente está ciente dessa predileção da doença pelo sexo feminino, segundo uma pesquisa da KRC Research encomendada pela farmacêutica Amgen.
O levantamento escutou quase 6 mil mulheres de nove países em 2018. Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Espanha, Estados Unidos e, claro, o Brasil foram incluídos.
Apesar de 70% das 512 brasileiras entrevistadas já terem ouvido falar de osteoporose, apenas 7% sabiam que o sexo feminino é um fator de risco por si só. Na média mundial, esse número subiu para 25% (ainda baixo, porém mais de três vezes maior).
“Apesar do conhecimento geral sobre a doença ter avançado, precisamos preencher lacunas no Brasil e no mundo”, comenta Ben-Hur Albergaria, ginecologista e vice-presidente da Comissão Nacional de Osteoporose da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
O estudo também mostrou que 67% das respondentes nunca tinham conversado sobre osteoporose com um médico. Talvez por isso, 44% acreditavam que tomar suplementos de cálcio é o suficiente para barrar a osteoporose — na verdade, o que mantém a saúde do esqueleto é um conjunto de medidas, como mencionaremos mais abaixo.
Os ossos das mulheres
Elas estão mais sujeitas à osteoporose por dois motivos. “Primeiro porque atingem um pico de massa óssea na adolescência menor do que o dos homens”, explica Albergaria. É essa espécie de poupança que será usada no futuro, quando o corpo começa a perder osso mais rapidamente e fabricá-lo em menor escala.
“Fora que, na menopausa, o nível de estrogênio, um hormônio sexual que protege os ossos, cai”, continua o médico. Diante dessa tendência natural, o ideal é fazer um acompanhamento preventivo ao se aproximar dessa fase da vida. A densitometria óssea, um exame simples, ajuda bastante nesse sentido.