O prefeito de Marataízes, Robertino Batista, pode ficar impedido de exercer seu cargo por 180 dias. Seu afastamento, que está sob análise da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, foi pedido pelo Ministério Público Estadual (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime.
Mais conhecido como Tininho, o prefeito maratimba é um dos investigados na operação Rubi, desencadeada em maio deste ano para desarticular e colher provas relativas à atuação de uma organização criminosa constituída para lesar os cofres públicos dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma, por possível direcionamento licitatório em favor de pessoas jurídicas contratadas, pagamento de vantagem indevida a agentes públicos e superfaturamento de contratos administrativos de prestação de serviço público.
As fraudes contratuais e irregularidades, segundo o MPES, foram constatadas em Marataízes. “O Ministério Público identificou que a mesma dinâmica ocorria nesse município. O prefeito, também suspeito do crime de corrupção passiva, foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Entretanto, ainda precisamos consolidar as informações em relação aos objetos e valores arrecadados. Ainda de acordo com elementos nos autos, Tininho e a esposa viajaram para São Paulo e tiveram hospedagens e espetáculos de teatros custeadas como contraprestação de pagamentos nos valores dos contratos firmados”, afirmou o órgão ministerial, à época da operação.