Continua internado, no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, o primeiro paciente com suspeita de infecção por coronavírus no Espírito Santo. Ele tem 53 anos e esteve na Itália, de onde chegou ao Brasil no sábado (22), já com sintomas suspeitos.
De acordo com o coordenador do Centro de Operações Estratégicas (COE), Luiz Carlos Rablin, o paciente vem sendo acompanhado desde que procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “A partir da avaliação, se entendeu que precisava de internação.Primeiro por questão de saúde, por uns problemas concomitantes que essa pessoa tem. Depois porque ele apresentou sintomas respiratórios e esteve na Itália”, disse, explicando que o país europeu é local considerado de risco.
Rablin ainda explicou como estão sendo realizados os exames para identificação do coronavírus ou outras doenças respiratórias recorrentes. “Coletamos material para análise, como secreções nasofaringe. Esse material já está em nosso laboratório central e até o fim da tarde [desta quarta-feira(26)], ele faz uma análise para ver se essa pessoa tem outras doenças respiratórias, como a influenza”, disse.
De acordo com o coordenador do COE, se for confirmado que se trata de outra doença respiratória, como a influenza, já será descartada a suspeita de coronavírus. “Nesse caso, ela será cuidada como paciente que tem a influenza. Se não, esse material é enviado para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, que é o nosso laboratório de referência, onde faz-se a análise final confirmando ou descartando o caso como coronavírus”, explicou.
Caso o material seja encaminhado para análise no Rio de Janeiro, o resultado deve ficar pronto em uma semana. Em entrevista coletiva, realizada na manhã desta quarta, Rablin ainda explicou que o paciente segue internado e ‘respirando ar ambiente’. Detalhes sobre as doenças já existentes no paciente e em qual cidade ele mora não foram repassados pela Secretaria de Saúde.
Para a população, a Sesa orienta cuidados gerais, como lavar as mãos com frequência; não frequentar um ambiente junto com uma pessoa com doença respiratória confirmada; evitar aglomerações e, se tiver sintomas mais graves de saúde, especialmente dificuldade de respirar, febre ou dor no corpo, procurar o serviço de saúde mais próximo da sua moradia.