Se o personagem bíblico Jonas teve de enfrentar o maior mamífero marinho para sobreviver, a vida política do seu xará cachoeirense também segue em águas turbulentas.
Após a mudança na executiva estadual do PSL, anunciada nesta terça-feira (17), a pré-candidatura de Jonas Nogueira está totalmente à deriva neste momento.
Ele ainda pode até conversar com o novo presidente da sigla no Espírito Santo, deputado estadual Coronel Quintino, mas não obterá dele nenhuma garantia para seguir com suas pretensões de ser prefeito de Cachoeiro.
Quintino é aliado do governador Renato Casagrande (PSB) na Assembleia Legislativa, que por sua vez é aliado do prefeito de Cachoeiro Victor Coelho, colega de partido. Então está mais que claro a provável aliança entre o PSL e o PSB nos municípios capixabas. E isso inclui dizer a reeleição em solo cachoeirense.
O caminho mais provável para o vice-prefeito Jonas Nogueira é correr para tentar mudar de partido. Certamente deverá fazê-lo porque tem até 3 de abril. As opções não são muitas já que em Cachoeiro boa parte das siglas deve apoiar a reeleição do prefeito.
É preciso procurar um partido que além de não estar alinhado com o governo municipal, também não esteja com o governo estadual, uma vez que não adianta fazer costuras por baixo sem observar os movimentos por cima.
Para fechar, Jonas Nogueira não foi o único que ficou à deriva nessa mudança estadual do PSL. Muita gente que ficava por aí falando em nome do PSL, como se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda mandasse na sigla, caiu do cavalo.
Ilauro Oliveira