Em visita ao Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (21), o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o Brasil negocia a compra de vacina da Moderna contra a Covid-19, desenvolvida por um laboratório norte-americano.
“Com relação a Moderna, é um outro tipo de vacina, usando uma tecnologia que nós não dominamos de fabricação, que é o RNA da molécula. Nesse caso, a gente está pactuando a possibilidade de compra, com prioridade. A distribuição vai seguir a forma de logística que a gente faz com a vacina da Influeza e de outras vacinas que a gente tem com o Ministério da Saúde”, disse.
A vacina se mostrou segura e eficaz em um estudo publicado pela revista “New England Journal of Medicine”, na semana passada. Segundo o artigo, a imunização produziu anticorpos em 45 voluntários.
O estudo mostrou ainda que nenhum voluntário apresentou efeito colateral grave, e mais da metade relatou reações leves ou moderadas, como fadiga, dor de cabeça, calafrios, dores musculares ou dor no local da injeção. A maior parte das queixas veio dos pacientes que tomaram duas doses da vacina em sua concentração mais alta.
O ministro interno informou que o Brasil trabalha ainda com a possibilidade de outras duas vacinas, além da norte-americana.
“São três vacinas mais promissoras. A vacina da Universidade de Oxford, com a AstraZeneca, a vacina da empresa Moderna, nos Estados Unidos, e a vacina Sinovac, chinesa”.
Com relação a vacina de Oxford, Pazuello informou que a previsão é de que as primeiras doses sejam fabricadas até o início do ano que vem. De acordo com o ministro interino, a contratação prevê a transferência de tecnologia e recebimento do insumo para a fabricação de lotes em grande quantidade.
“Nós fizemos acordo, uma carta de intenções com a AstraZeneca para que a gente participe da fase três de testes, participe do desenvolvimento final da vacina. Adquiramos a planta necessária para a produção de lotes de insumos para fabricação de lote de grande quantidade, 30, 40 milhões de doses. Isso já está pactuado. Já está feito o acordo e o protocolo de intenções. Tempo disso aí é o final do ano. Dezembro e janeiro estejamos fabricando a vacina”.
A vacina chinesa contra o coronavírus começou a ser aplicada nesta terça-feira (21) no Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. Os testes fazem parte de uma parceria com o Instituto Butantan. Em todo o Brasil, 9 mil profissionais da saúde devem participar desta fase de testes.