Em seu 1º discurso depois da vitória pela presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) defendeu a vacinação contra a covid-19 e o equilíbrio nas contas púbicas. Eis a íntegra (50 KB).
O novo presidente da Casa disse que irá procurar o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para tratar da pauta emergencial.
“Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estão em estado de desespero econômico por causa da Covid 19 e temos de examinar como fortalecer nossa rede de proteção social”, afirmou.
Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Lira foi eleito com 302 votos. Derrotou outros 7 candidatos. Entre eles, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que era apoiado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), e obteve 145 votos.
O novo presidente da Câmara disse que irá respeitar a voz de todos os congressistas na hora de decidir a pauta da Casa. “Aqui ao lado, a cadeira da presidência está postada bem ao centro da mesa. É para nos lembrar que a presidência deve ter neutralidade. Deve ser equidistante. A cadeira é giratória, para que seu ocupante seja capaz de olhar para o centro, para a direita, para a esquerda“, disse.
“Estarei presidente. Toda glória é efêmera. E na vida pública o essencial não são as pompas, mas o que deixamos como legado.”
QUEM É ARTHUR LIRA
Arthur César Pereira de Lira nasceu em Maceió. Ele é filho do ex-senador e atual prefeito de Barra de São Miguel, Benedito de Lira (PP).
Formado em direito, tem 51 anos. Exerceu os cargos de deputado estadual (AL) e vereador, na capital alagoana.
Está em seu 3º mandato na Câmara Federal. Chegou à Casa em 2011 e ocupou cargos importantes, como a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e da CMO (Comissão Mista de Orçamento).
Também foi líder do PP e do Centrão –grupo que existe no Legislativo desde a Constituição, mas voltou a ganhar notoriedade durante a gestão de um antigo aliado: Eduardo Cunha (MDB-RJ), ex-presidente da Câmara que foi cassado e preso.
Assim como Cunha fizera, Lira aglutinou o Centrão em torno de si. Em 2019 e 2020 foi o deputado mais poderoso da Câmara depois do presidente Rodrigo Maia.
O integrante do PP aproximou-se de Bolsonaro ao longo de 2020. Intermediou e articulou a transformação de seu grupo político na Câmara em apoio ao governo. Assim, tornou-se o candidato favorito do Palácio do Planalto.