Manifestação é nacional e é uma resposta de parte da categoria que está descontente com altas recentes do preço do diesel e de promessas não cumpridas do governo Bolsonaro
Os caminhoneiros prosseguem com uma manifestação, mantendo concentração de veículos de carga em seis pontos do Espírito Santo. No entanto, ao contrário do que ocorreu na madrugada desta segunda, as pistas seguem liberadas nas rodovias BR-262 e BR-101.
Segundo um dos organizadores, o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Espírito Santo (Sindicam), Álvaro Ferreira, a estratégia agora é abordagem dos motoristas de transporte de carga para que façam uma parada em locais definidos em Viana, Guarapari, Ibiraçu, João Neiva, São Mateus e Cachoeiro.
“Não queremos interromper o tráfego, não vamos interditar nenhuma pista. A gente convida os caminhoneiros que passam para dar uma pausa no trajeto e se reunir com a gente para conversar sobre as nossas reivindicações”, explica.
Ele afirmou que o protesto deve continuar até o final desta tarde.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), que acompanha o protesto, confirmou que não há interdição em nenhuma via federal do Espírito Santo.
Já a Eco101, que administra a BR 101, informou que o trecho sentido sul estava interditado a partir das 05h18. Foi feita a liberação com a ajuda da Polícia Militar e agentes rodoviários federais. Após essa operação, o tráfego seguiu normalmente.
O movimento, que acontece em todo o país, é uma resposta de parte da categoria com promessas não cumpridas pelo governo Jair Bolsonaro e as altas recentes do preço do óleo diesel. O ato tem apoio do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).
Piquete com fogo nos pneus
Mais cedo, o cenário era outro. Nas primeiras horas do dia, por volta de 4h da madrugada desta segunda-feira (26), 150 caminhoneiros fecharam a BR 101 no sentido sul, na altura do bairro Jucu, em Viana, ateando fogo em pneus.
Os manifestantes deixaram apenas uma pista liberada para que veículos de passeio pudessem passar.
Num primeiro momento, todos os caminhoneiros eram obrigados a pararem e aderirem ao movimento. Com o correr da manhã, a adesão acabou sendo opcional.
Por volta das 7h da manhã, policiais rodoviários federais e militares chegaram a um acordo com os manifestantes e a pista foi liberada.
Houve também pontos de bloqueio em João Neiva e em Cachoeiro de Itapemirim.