Companheiro de primeira ordem do presidente tem publicado peças que fazem alusão ao processo eleitoral de 2022
O ex-deputado é acusado de praticar pelo menos quatro crimes: emprego de funcionários ‘fantasmas’, ‘rachadinha’, uso de servidores da Câmara Federal em campanha eleitoral e emissão de Notas Fiscais ‘frias’. O Inquérito foi instaurado em agosto de 2019, oito meses após Manato deixar o mandato. Por isso, ele é investigado no âmbito do primeiro grau do Ministério Público Federal do DF, em Brasília.
O Inquérito Policial é presidido pelo delegado federal João Quirino Van Langendonck Florio e foi instaurado a pedido do procurador da República Ivan Cláudio Garcia Marx.
As investigações dão conta de que Carlos Manato – que é sócio de um hospital na Serra e é dono de uma imobiliária no bairro Mata da Praia e de uma gráfica no Centro de Vitória –, teria cometido os seguintes crimes: emprego de funcionários ‘fantasmas’ em seu Gabinete da Câmara dos Deputados, em Brasília; na prática de ‘rachid’ com servidores da 4ª Suplência da Câmara Federal; no uso de servidores públicos na campanha de sua mulher para a Câmara dos Deputados, nas eleições de 2018; e no uso de Nota Fiscal ‘fria’ para reembolso de informativos trimestrais na Câmara dos Deputados.
Mas nada nisto tirou o foco do médico e empresário. Nas redes sociais Manato tem publicado peças publicitárias e frases que deixam claro a sua intenção de participar do processo eleitoral de 2022. “Não se faz mudança escolhendo os mesmos passos. O Espírito Santo precisa de novas ideias, novos nomes e de um novo caminho”, escreveu o companheiro de Jair Bolsonaro.
Uma situação que internamente deve estar preocupando, é a perda de popularidade do presidente, maior bandeira política de Manato, que tem dificuldade para apresentar conteúdos propositivos.
Algumas fontes ligadas ao grupo político do ex-deputado afirmam que a tensão existe. Sabem, através de pesquisas realizadas por eles, que a situação não é boa. Falam até em ruptura com o líder. Seria uma solução?