Paralisação está marcada para acontecer a partir do dia 1º de novembro
Wallace Landim, conhecido como Chorão, uma das principais lideranças da categoria dos caminhoneiros confirma que apesar da tentativa de afago do governo ao criar o “vale-diesel”, a greve está mantida para 1º de novembro.
Cerca de 60% dos caminhoneiros se colocaram a favor da paralisação da categoria em novembro e 54% prometeram paralisar os serviços. Os dados foram apurados em uma pesquisa feita pela Fretebras divulgados nesta segunda-feira (25).
Chorão pede mudança na política de preços da Petrobras. Desde o governo do ex-presidente Michel Temer os combustíveis são reajustados pelo preço no mercado internacional.
Nesta terça-feira (26) as refinarias sentiram mais um aumento vindo da petroleira. A gasolina vai subir 7% nas refinarias e o diesel, 9% e, assim a gasolina já acumula alta de 73% no ano e o diesel, de 65,3%. As altas devem ter reflexos nos preços do frete, pressionando ainda mais a inflação.
“Isso mostra um andamento totalmente contrário àquele pelo qual estamos lutando. Estamos brigando por estabilidade no combustível, no gás de cozinha, para colocar em vigor leis já aprovadas, e é isso que a Petrobras faz”, diz Chorão
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, disseram ontem que a privatização da Petrobras “entrou no radar” . Guedes afirmou que a empresa não valerá nada daqui a três décadas, portanto precisaria ser vendida logo. As manifestações fizeram com que os papéis da empresa decolassem mais de 6%.
“Se até o dia 31 o governo não sinalizar com alguma coisa concreta para a categoria, a paralisação está mantida. Quero ver o que o governo vai falar com esse novo aumento. É muito fácil o chefe da nação fazer uma live e dizer: ‘olha, estou conversando, acionando ministério da Economia, o presidente da Petrobras, vamos buscar uma solução’. Mas não, fala que vai ter mais aumento e não vai interferir”, acrescenta.