O Ministério da Saúde adotará o intervalo de oito semanas entre as duas doses pediátricas da vacina contra a Covid-19. A informação, que será anunciada em entrevista à imprensa, foi antecipada pelo GLOBO por membros ligados à pasta.
Segundo a bula aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as doses deveriam ser aplicadas num prazo de três semanas.
Na última terça-feira, o Ministério da Saúde realizou uma audiência pública para debater o tema. Representantes de entidades científicas, parlamentares, entre outros, participaram do debate. Na ocasião, a pasta pressionou pela adoção de prescrição médica para vacinação.
No dia 16 de dezembro a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina da Pfizer para uso em crianças de 5 a 11 anos. Desde então, o presidente Jair Bolsonaro tem dado declarações contrárias à imunização de crianças. Em uma live no mesmo dia, o presidente afirmou que divulgaria o nome de membros da Anvisa que atuaram pela aprovação do imunizante para crianças.
Diante da postura do presidente, a pasta protelou a inclusão de crianças no Plano Nacional de Operacionalização contra Covid-19 e decidiu submeter o tema a uma consulta pública. Na última terça-feira, o Ministério da Saúde divulgou que a maior parte das pessoas se manifestou contra exigência de receita médica para vacinação de crianças. Como O GLOBO revelou, a pasta decidiu não exigir a prescrição.