O cantor e compositor Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira (22) aos 81 anos, no Rio de Janeiro. O artista estava internado no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro. A causa ainda não foi confirmada. Ele deixa a esposa e três filhos.

O Tremendão, como era chamado, estava intubado desde segunda-feira (21). O cantor esteve internado no mesmo local em outubro, mas havia recebido alta após duas semanas de tratamento de uma síndrome edemigênica – que significa excesso de líquido preso nos tecidos do corpo.

Quando deixou o hospital na ocasião, Erasmo brincou sobre os boatos de que havia morrido. “Ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim, rezaram por mim e torceram pela minha recuperação… Essa foto com a Fernanda traduz como estamos felizes”, publicou.

Autor de mais de 600 músicas, Erasmo Carlos nasceu em 5 de junho de 1941 no Rio de Janeiro. O artista deixa o legado para uma legião de fãs e amigos, além de clássicos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, “Mesmo que seja eu” e “É proibido fumar”.

Em sua carreira, ele fez parceria com Roberto Carlos e juntos compuseram mais de 500 músicas, como “As curvas da estrada de Santos” e “Gatinha manhosa”. Nos anos 60, a dupla se destacou como uns dos principais compositores da Jovem Guarda ao som do iê-iê-iê. E com o passar do tempo, Erasmo se tornou ícone da bossa e da MPB.

Seu nome de registro era Erasmo Esteves, o nome que o acompanhou por toda a carreira, na verdade, era um nome artístico em homenagem aos parceiros que estiveram com ele no início da carreira: Roberto Carlos e Carlos Imperial. Outros apelidos como Tremendão e Gigante Gentil o acompanharam.

Grandes nomes se juntaram a ele, como Chico Buarque, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Skank, Los Hermanos, Djavan, Adriana Calcanhotto, Marisa Monte, Frejat, Marisa e Milton Nascimento.

Em 2019, sua trajetória foi retratada no filme “Minha Fama de Mau”, baseado na biografia de mesmo nome, lançada em 2009. O ator Chay Suede o interpretou, acompanhado do elenco que contava com nomes como Gabriel Leone (Roberto Carlos), Malu Rodrigues (Wanderléa) e Bruno de Luca (Carlos Imperial).