Senador apontou, recentemente, que invasores dos prédios públicos no ataque terrorista de 8 de janeiro foram treinados

“E também não posso largar a missão que eu assumi, sozinho até agora, para apresentar à sociedade e à imprensa quem prevaricou. Então a decisão ainda não foi tomada”. Com essa declaração, dada em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (2), o senador Marcos do Val (Podemos) voltou atrás na decisão de renunciar ao mandato, anunciada em redes sociais, depois de denunciar que sofreu pressão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para dar um golpe de Estado.

Ele descartou a renúncia e apontou a sua primeira suplente, Rosana Foerste, professora sem atuação política destacada, filiada ao Cidadania e ligada ao grupo político do deputado estadual reeleito Fabrício Gandini, do mesmo partido. Há uma semana, Rosana foi exonerada da Secretaria de Estado do Trabalho, na gestão liderada pelo governador Renato Casagrande (PSB), aliado de Gandini.

“Quando eu disse isso, eu estava praticamente decidido mesmo a chegar aqui, reunir a equipe – e reuni realmente parte da equipe – para tomar a decisão de que ia sair. Deixar assumir a suplente não, porque ela, na época da campanha – que foi sem recurso -, eu não tinha nenhum nome para suplência e na hora tinha a secretária de um vereador e eu perguntei se ela podia emprestar os documentos para ser minha suplente. Ela deu e pronto, foi eleita e ela achou que (…)”, disse o senador.

E acrescenta: “Eu tive um infarto lá no primeiro ano e ela mandou uma mensagem, ‘olha, estou pronta para assumir’. Nem perguntou se eu estava bem. Aí eu falei, ‘olha, não foi acordado nada disso. Você esquece dessa possibilidade’. Então essa possibilidade de ter alguém assumindo o meu lugar, zero [chance]. Não posso deixar todo o trabalho que eu fiz até aqui ser destruído…”.