Uma das festas folclóricas de carnaval mais tradicionais do Espírito Santo é o Boi Pintadinho, que tem como um de seus principais palcos as ruas do sítio histórico de Muqui, no sul do Estado

O Carnaval de rua em Muqui sempre foi muito animado, não só por seus bois, blocos da cidade e das fazendas, escolas de samba, ranchos como também pelo antigo “corso”, quando o povo passeava nos carros enfileirados, atirando confete e serpentina pelas ruas.
O bloco “Fazendo Inferno” teve duas fases, a primeira na década de 1920 e outra na de 1950. Por onde passava contagiava a todos. Outros blocos e ranchos marcaram época, como o “Língua Ferina”, “Chuveiro de Prata”, “Ameno Resedá”, “Rancho Carnavalesco Democrata” – substituído em 1929 pelo “Recreio das Flores” – o “Democrata de Última hora” e “Os Credores que Esperem”.

Muitos foliões se destacaram e deixaram saudade pela sua alegria e descontração. A Escola de Samba “Bafo de Onça” em 1962, comandada por Tasso Lugon, Sargento Pacheco e Humberto Viana, marcou o carnaval do passado, embora tenha desaparecido e ressurgido em 1976.

Hoje, o carnaval de salão não existe mais, a cidade estremece nas ruas, principalmente com a passagem dos Bois Pintadinhos, que competem entre si, mostrando cada qual os melhores condutores dos Bois (espadeiros) e melhores fantasias, alegria e queima de fogos. Só quem assiste à passagem dos Bois no carnaval muquiense poderá entender a magia deste folclore.

Ainda existem carnavalescos animados que desfilam nos intervalos no Corredor do Boi, muitas vezes são rapazes vestidos de mulheres, como também lindas fantasias individuais e algumas originais, moçada que anima a festa ao som dos apitos, fogos e muita alegria!