O senador Marcos do Val, filiado ao Podemos-ES, tomou a decisão de se afastar tanto do Senado quanto da CPMI do 8 de Janeiro. Ele formalizou um pedido de licença médica de suas funções parlamentares após receber orientação dos médicos do Senado.
Na terça-feira (20), Marcos do Val teve um mal-estar e experimentou sintomas de taquicardia. Ao deixar o atendimento médico, ele informou aos jornalistas que o problema estava relacionado à “pressão alta”.
O pedido de afastamento ocorre em um momento de intensas pressões da base governista para que o senador seja removido do colegiado, após ele ter sido alvo de uma operação de busca e apreensão sob a acusação de obstrução de Justiça. No entanto, o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), negou o requerimento para retirar o senador da CPMI.
Essa operação investiga o envolvimento de Do Val em atos antidemocráticos e na tentativa de interferir na investigação do STF sobre o evento ocorrido em 8 de janeiro.
“O senador Marcos do Val buscará restabelecer a sua saúde o mais breve possível, para então voltar às suas atividades parlamentares com ânimo e combatividade renovados”, diz o texto enviado pela assessoria.
Para não perder o cargo de senador, impedindo a entrada de um suplente, Do Val pediu afastamento de 115 dias. Se o senador tivesse solicitado mais do que 120 dias, perderia o cargo e o suplente poderia assumir. Agora, o senador espera a liberação pelo plenário do Senado.
Na CPI, Marcos do Val será substituído pelo senador Marcos Rogério (PL-RO). Durante a CPI da Covid em 2021, Rogério se destacou por defender as medidas adotadas pelo governo Bolsonaro durante a pandemia.