Segundo o superintendente regional de Saúde (Região Sul), Márcio Cleyton da Silva, a fila de exames teve atraso considerável após problemas estruturais nos hospitais que oferecem ressonância magnética. “Dois hospitais realizam ressonância na região. Nós temos um contrato de 1.500 exames (…). Devido a problemas com as máquinas, foi gerada uma fila de 4.600 exames. Nós, da superintendência, estamos abrindo credenciamento para verificar a possibilidade de comprar 5 mil ressonâncias para tentar amenizar. Nós não vamos resolver. A fila é viva, e muito viva por sinal, a demanda, a inserção, é direta”, afirmou Silva. Para o superintendente, um dos grandes desafios do setor é o treinamento de profissionais e a dificuldade em manter o médico dentro da atenção básica de saúde. 

Os participantes da audiência foram uníssonos ao afirmar que o Hospital Apóstolo Pedro, da rede privada, possui estrutura suficiente para atender a demanda de saúde local. “Dentre os hospitais que temos no interior, o nosso está muito bem preparado (…) nós temos um hospital, hoje, preparado para prestar serviço ao Estado”, frisou o diretor-geral da instituição, Evaldo Cesar Farias Araújo. De acordo com o gestor, o hospital possui salas de cirurgia, leitos e aparelhos para exames de tomografia, densitometria, raios-x e mamografia disponíveis. 

Para que possa atender ao governo do Estado, porém, oferecendo consultas, exames e demais procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital carece de uma nova contratualização – processo pelo qual as partes (governo e hospital) estabelecem metas quantitativas e qualitativas de atenção à saúde e de gestão hospitalar. 

O presidente da Comissão de Saúde da Ales cobrou o processo de recontratualização e destacou, ainda, que a regionalização da saúde no sul do estado pode ser uma saída viável:

“Mimoso, hoje, tem um centro de cirurgia que não funciona, quase. Nós temos duas salas cirúrgicas que não funcionam, quase. As cirurgias eletivas reduziram drasticamente. Nós temos um centro de diagnóstico maravilhoso que diagnostica pouco. Uma tomografia nova, que não tomografa ninguém. Então nós temos uma estrutura de saúde incrível, que foi paga com o dinheiro de todo mundo que assiste aqui. E nós precisamos fazer esse recurso virar vida capixaba. Vida mimosense. É nossa responsabilidade que agora tenhamos força para dizer ao governo do Estado que nós queremos o Hospital Apóstolo Pedro funcionando na íntegra”, frisou.