Trabalhando com foco em um minucioso planejamento estratégico, a gestão pública aumenta sua capacidade de garantir investimentos e dinamizar seu processo de desenvolvimento econômico. O prefeito Arnaldinho Borgo sabe disso e com a adoção de instrumentos gerenciais modernos e eficientes, vem atraindo investimentos dos setores produtivos que posicionaram Vila Velha como o mais próspero centro logístico e econômico do Espírito Santo.
Na noite desta quinta-feira (21), este fato foi evidenciado por representantes dos setores produtivos, durante a 8ª reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Vila Velha. O encontro – realizado no auditório da Argo Construtora, em Itaparica – também contou com a participação do governador em exercício Ricardo Ferraço, de diversos secretários municipais, de líderes empresariais de diversos segmentos, de vereadores e dirigentes de instituições do setor produtivo, que anunciaram investimentos na cidade no valor de R$ 650 milhões.
Novos investimentos
Na reunião, o maior destaque foi a notícia de que o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) assinou a maior operação de crédito de sua história, em parceria com a empresa LiquiPort, importante importadora de malte para a Ambev, com sede em Vila Velha. A LiquiPort comprometeu-se a investir R$ 70 milhões para dobrar sua infraestrutura atual em Vila Velha. Já a empresa de logística Multilift investirá R$ 30 milhões em operações portuárias de armazenamento e movimentação de cargas na cidade, enquanto o Consórcio Navegantes fará o aporte de mais R$ 550 milhões para a implantação de terminais de granéis líquidos combustíveis no Cais do Atalaia.
“Investimentos como estes só acontecem nos municípios que apresentam organização, vantagens competitivas, planejamento de médio e longo prazos e, principalmente, que investem de modo significativo em infraestrutura urbana, na malha viária, na desburocratização e na melhoria do ambiente de negócios. É o caso de Vila Velha, que executa o maior pacote de investimentos de sua história e onde as atividades portuárias ganham importância cada vez maior no competitivo mercado logístico nacional”, avaliou o prefeito Arnaldinho Borgo.
Durante a reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Vila Velha, um dos pontos mais discutidos foi o aprimoramento das operações de importação e exportação pelos portos da cidade, sob o comando da VPorts (antiga Codesa), empresa que completou seu primeiro ano de desestatização nesta quinta-feira (21), com um plano grandioso já em andamento, que busca aumentar a capacidade do porto, de 7 milhões de toneladas de cargas por ano, para 15 milhões.
Combustíveis
Dentro de pouco tempo, todos os veículos da frota capixaba estarão usando combustível armazenado e distribuído por Vila Velha. A cidade vai receber um investimento de R$ 550 milhões do Consórcio Navegantes Logística, para a implantação de terminais de granéis líquidos combustíveis no Cais do Atalaia. O consórcio arrendou por 25 anos uma área “greenfield” na orla portuária de Vila Velha, com aproximadamente 74 mil metros quadrados, o que vai possibilitar uma ampliação significativa na capacidade de movimentação de combustíveis no porto. A estimativa é de que 400 caminhões-tanque sejam utilizados diariamente, para atender à demanda do mercado no Espírito Santo.
“Somada à capacidade dinâmica atual dos demais terminais do complexo portuário de Vila Velha – que é de 2,55 milhões de toneladas de combustíveis por ano –, a implantação de 16 novos tanques verticais vai elevar esta capacidade para 4,3 milhões de toneladas/ano. Ou seja, um aumento de 1,76 milhão de toneladas anualmente, o que deverá gerar uma arrecadação anual de ICMS no valor estimado de R$ 1,2 bilhão. Com este incremento na receita, poderemos investir ainda mais em obras, serviços e na melhoria da infraestrutura da cidade”, ressaltou o prefeito Arnaldinho Borgo.
Lítio e farelo de soja
A ampliação da capacidade de movimentação de cargas portuárias da VPorts coloca Vila Velha na vanguarda das atividades logísticas do país. Por este motivo, o diretor presidente da empresa, Ilson Hulle, anunciou que todo o farelo de soja que o Brasil exporta será embarcado nos terminais da VPorts em Vila Velha.
“Vamos assinar contrato na próxima semana para concentrarmos as exportações de farelo de soja e consolidar este projeto, que também envolve a rede ferroviária. Ao todo, 90 vagões de cargas serão disponibilizados exclusivamente para atender à esta demanda, por meio da Estrada de Ferro Vitória-Minas. Os vagões virão da Região Centro-Oeste carregados de farelo de soja e depois seguirão de volta levando fertilizantes”, informou Hulle.
Segundo ele, a VPorts também já responde pelo transporte de 100% do lítio produzido no Brasil e que é exportado para China. O primeiro carregamento do insumo aconteceu em 27 de julho deste ano, quando 30 toneladas de lítio foram embarcadas nos portos de Vila Velha. A previsão da VPorts é exportar 50 milhões de toneladas de lítio por ano. O mineral é usado para fabricar baterias de telefones celulares e carros elétricos.
Veículos elétricos
“A VPorts já se tornou o principal Hub de Importação de Carros Elétricos do Brasil. Em 2024, a companhia deverá desembarcar, em Vila Velha, 150 mil veículos elétricos de alto padrão que virão da China sob encomenda da Comexport, a maior importadora brasileira do segmento. E todos esses automóveis chegarão ao país pelos portos de Vila Velha. Apenas no próximo mês, serão importados 15 mil veículos elétricos”, informou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Vila Velha, Everaldo Colodetti.
Atualmente, 90% de todas as operações da VPorts no Estado acontecem em Vila Velha, o que impulsiona a competitividade do município no cenário nacional e internacional. A evolução da concessão desta empresa tornou o complexo portuário canela-verde mais viável e atraente para importadores e exportadores.
“A VPorts detém o domínio de uma área superior a 1 milhão de metros quadrados em Vila Velha, que está diretamente conectada à Estrada de Ferro Vitória Minas. Toda esta conjuntura consolida a cidade de Vila Velha e o Estado do Espírito Santo como referência em operações portuárias”, acrescentou Colodetti.