Neste mesmo dia 08 de novembro do próximo ano, já saberemos desde 06 de outubro, quem terá sido eleito ou reeleito para prefeito e vice em Mimoso do Sul.
Faltam oito meses para o início das convenções, que serão liberadas à partir do dia 20 de julho de 2024. No dia 15 de agosto encerra o prazo para o registro das candidaturas. Dia 30 do mesmo mês a campanha inicia oficialmente.
Parece muito tempo, mas para quem participa do processo direta ou indiretamente, não é bem assim. As movimentações de bastidores se intensificaram nos últimos dias, e sem dúvida nenhuma guardam surpresas e reviravoltas que provavelmente acontecerão até as últimas horas do prazo final, no ano que vem.
Airton, segundo lugar no último processo eleitoral, conquistou 4.470 votos. Parece ser um candidato natural nas eleições do ano que vem, apesar de ainda não ter confirmado publicamente a sua pré-candidatura. Tem bom alinhamento com o médico Nilmar Faber e vem dialogando sobre o assunto de forma mais moderada e reflexiva. Bem ao seu jeito.
Peter Costa, atual prefeito, consegue ainda manter uma boa avaliação geral, sustenta uma relação aparentemente saudável com a maioria da câmara, e, caso confirme seu projeto de reeleição, sem dúvidas alguma sairá na frente. Existem alguns desafios que são ônus do mandato de uma cidade com recursos escassos. A prefeitura, assim como diversas outras do Estado, passa por um momento financeiro desafiador que exige extrema calma e sabedoria. Apesar de não ter confirmado sua pré-candidatura oficialmente, Peter já se movimenta em busca do vice perfeito. Aparentemente a ideia é manter a base de vereadores que já caminham, sem perder seu atual vice Paulinho Barros. Houve um movimento inicial com via de mão-dupla em direção ao vereador Cassiano, que parece não ter avançado. Nem Sarte, que apareceu como possibilidade para ser o vice na chapa, hoje afirma que não será mais. E diz ter motivos para isto. Aliás não está perdendo tempo para bater o recorde de votos da última eleição.
Falando em Cassiano, as coisas do lado dele caminham para uma forte movimentação que fomenta a união em torno de uma frente única de oposição. Algumas reuniões já aconteceram e certamente outras estão por vir. O irmão do bem votado Deputado Bruno Resende tem agido com tranquilidade e diálogo.
Vaval, que será peça importantíssima no processo ainda não definiu seus passos, fala como pré-candidato, mas não tem problemas em compor. O petista tem sido procurado por todas as frentes que pretendem participar da eleição, inclusive com algumas propostas já “colocadas na mesa”.
O grupo que anda movimentando a ideia de oposição única conta com a simpatia de políticos conhecidos da cidade. A ex-prefeita Flávia Cysne, José Carlos Resende, Ronan Rangel, Marcelo Pessanha, além de outras lideranças importantes. A estratégia provavelmente é convencer Vaval para participação na chapa principal. Airton também pode estar inserido neste movimento. Informações não oficiais apontam uma participação efetiva do ex-prefeito Giló, que deve ter o filho Neto como candidato a deputado estadual em 2026, e já busca uma dobradinha com Bruno Resende, que buscará vaga na Câmara Federal. A vaidade é um dos pontos que pode fazer este projeto ainda embrionário cair por terra.
Para uma disputa de igual pra igual, a união da oposição é a única estratégia viável. Peter, mesmo com as intempéries e alguns desgastes, ainda tem a aprovação da população em geral. E isto se manterá ou poderá ficar melhor caso conclua as obras nos tempos determinados e fique longe de escândalos. Além disto, o jovem prefeito é acessível, anda bem, e carrega uma simpatia autêntica. Só não lida bem com críticas.
A expectativa é que até a virada do ano o cenário fique mais transparente, mas obviamente sem nenhuma decisão concreta. Política é como o clima. Muda da noite para o dia.
Marcel P. Mendonça
Publicitário / Historiador / Analista Político
Sócio do Grupo MV Comunicação