Nesta sexta-feira (8), o Ministério da Saúde divulgou dados alarmantes sobre a incidência de dengue e chikungunya no Brasil, com o Espírito Santo figurando entre os estados mais afetados. Os números revelam um aumento significativo nos casos prováveis de dengue em todo o país, que cresceram 17,5% em 2023. Já em relação à chikungunya, foram notificados 145,3 mil casos até dezembro deste ano.

No cenário capixaba, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que, somente em 2023, foram notificados 186.629 casos de dengue no Espírito Santo, com uma incidência alarmante de 4.592,19 casos por 100 mil habitantes. O município mais afetado é Apiacá, com uma incidência de 939,63, seguido por Laranja da Terra, Ecoporanga, Pedro Canário e Linhares.

O aumento expressivo também é evidente no Brasil, com as ocorrências de dengue ultrapassando 1,6 milhão de casos este ano, em comparação aos 1,3 milhão registrados em 2022. O Ministério da Saúde destaca fatores como variação climática, aumento das chuvas e mudança na circulação do vírus como possíveis contribuintes para esse crescimento.

Quanto à chikungunya, o Espírito Santo notificou 17.947 casos até o momento, com duas mortes confirmadas. A nível nacional, houve uma redução de 42,2% em comparação ao mesmo período de 2022, totalizando 100 óbitos causados pela doença. Minas Gerais e Tocantins também enfrentam altas incidências.

Em relação ao Zika, o Espírito Santo registrou 13.132 notificações, sem óbitos confirmados. A nível nacional, os dados até abril apontam um aumento de 289%, com 7.2 mil casos e um óbito em investigação.

Os agentes de saúde destacam a importância da eliminação dos criadouros do mosquito da dengue, sendo 74,8% encontrados nos domicílios. Vasos de plantas, garrafas retornáveis e depósitos de água são os principais focos, seguidos por depósitos de água elevados e no nível do solo. A conscientização e ações preventivas se tornam cruciais diante desse cenário preocupante de aumento das arboviroses no Espírito Santo e em todo o país.