O coronel Fabrício da Silva Martins, da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), quer se candidatar a prefeito de Cachoeiro de Itapemirim. À frente do 3º Comando de Polícia Ostensiva Regional (3º CPOR) até o início de junho, deixou o posto justamente visando as eleições de outubro deste ano. Entretanto, ele também é cotado para entrar como vice na chapa de algum dos pré-candidatos já colocados na disputa.

Entre os pré-candidatos com os quais têm mais possibilidade de compor estão Lorena Vasques (PSB), Diego Libardi (Republicanos) e Léo Camargo (PL). Theodorico Ferraço (PP), ao que tudo indica, terá Júnior Corrêa (Novo) como vice. Carlos Casteglione (PT), por sua vez, se distancia por falta de afinidade ideológica.

Atualmente, Martins está sem partido. Por ser militar da ativa, sua filiação só deverá ocorrer às vésperas do registro da candidatura, se as suas pretensões eleitorais vingarem. O fato de não ser vinculado a nenhuma sigla facilita a negociação com os demais pré-candidatos.

Ter um militar na chapa é avaliado por muita gente da política local como um trunfo para aumentar a votação, numa cidade em que quase 70% dos eleitores apostaram na reeleição do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PL), em 2022. O atual vice-prefeito, Ruy Guedes (PSDB), também é coronel da PMES.

Entretanto, segundo informações do mercado eleitoral, Fabrício Martins já tentou se articular com vários partidos, mas não conseguiu avançar com nenhum deles. Isso se deve, de acordo fontes dos meios políticos locais, à preferência em ser o candidato a prefeito, em vez de compor a chapa de algum outro concorrente.