Filósofo de projeção nacional falou sobre assuntos motivacionais e importância do serviço público em iniciativa que marca as comemorações pelo Dia do Servidor e os 190 anos da Ales
O filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário Mario Sergio Cortella esteve nesta quarta-feira (16) na Assembleia Legislativa (Ales) para ministrar uma palestra em virtude das comemorações do Dia do Servidor Público, celebrado no próximo dia 28. Na oportunidade, recebeu quatro honrarias das mãos dos deputados estaduais. O evento aconteceu no Plenário Dirceu Cardoso, que teve seu espaço lotado de servidores da Casa.
Antes da palestra, intitulada “Da Oportunidade ao Êxito”, o presidente Marcelo Santos (União) e o professor conversaram com a equipe de comunicação da Ales. “É uma honra trazer o professor Cortella. Estamos capacitando nossos servidores, estimulando eles sobre a importância do serviço público para as pessoas. Essa Casa tem um papel fundamental na vida das pessoas!”, enfatizou Marcelo.
Ele contou que Cortella é uma “inspiração” para ele e que a ideia é justamente “entusiasmar” os servidores do Legislativo estadual com a presença do filósofo. “Vamos ter mais eventos para a Semana do Servidor. Eles nos ajudam a ser a Assembleia mais transparente do Brasil, empatada tecnicamente com a do Distrito Federal; a ser a primeira digital; a ser o Poder mais transparente do Espírito Santo; e a prestar serviços que não são da competência da Assembleia, como Posto de Identificação Civil, a Procuradoria da Mulher, a Defensoria e o Procon”, mencionou.
Cortella comentou a importância do serviço público para a sociedade. “Uma pessoa que se dispõe a atuar no serviço público, especialmente nas ações do Legislativo, ela tem uma função protetiva. Nós não podemos pensar que a função protetiva se dá apenas na área da segurança, essa, sem dúvida, mas ela se dá especialmente quando nossa cidadania não é fraturada, quando nossos interesses são respeitados, quando a diversidade é acolhida, e nesse sentido a ideia de êxito é quando aquilo que se tem de fazer, como prestação de serviço no campo legislativo, é feito”, disse.
Também citou que foi servidor público na secretaria de Educação de São Paulo durante quatro anos (1990 a 93), quando Luiza Erundina (então no PT), governou a cidade, e que o serviço público precisa ser respeitado. “Essa ação tem que ser respeitosa e respeitada. Para que a população, que remunera a atividade, possa respeitar precisa se entender como relevante, participante e olhar o serviço público com aquele que cuida, que zela pela integridade de nossas convivências, pelo socorro das nossas necessidades”, salientou.
Além disso, fez uma reflexão sobre a relação da população com os Poderes constituídos. “Na história do Brasil a relação com o Executivo, isto é, com quem faz as coisas, não com quem as decide, fiscaliza, legisla, sempre foi mais próxima da população pelo serviço imediato. Por isso, há certo distanciamento em relação às decisões do Legislativo, haja vista que tem mais proximidade com a área de governo no sentido de execução das coisas do que com quem tem de fato o controle e a representatividade da sociedade”, analisou.
Homenagens
Ao final da palestra, Cortella recebeu das mãos do presidente Marcelo Santos a Comenda Domingos Martins, a mais alta honraria da Casa, o título de Cidadão Espírito-Santense e a medalha comemorativa pelos 190 anos da Assembleia Legislativa; já das mãos do presidente da Comissão de Educação, Dary Pagung (PSB), recebeu a Comenda Paulo Freire.
Em relação às homenagens, o professor lembrou a primeira vez que veio ao estado, há 42 anos, e disse estar honrado com a lembrança. “A ideia do mérito é um afago imenso, honra ao mérito supõe que haja merecimento. O merecimento que as pessoas acham que tenho é, para mim, algo encantador, afinal, sou um professor e uma das coisas aprazíveis da minha área é quando se lembram da gente”, ressaltou.
O evento foi prestigiado pelos deputados Camila Valadão (Psol), Janete de Sá (PSB), Raquel Lessa (PP), Júlio da Fetaes (PT), Dary Pagung (PSB), Delegado Danilo Bahiense (PL), Capitão Assumção (PL) e Allan Ferreira (Podemos); pelo promotor de Justiça Ronald Gomes, representando o Ministério Público (MPES), e o conselheiro do Tribunal de Contas (TCES) Sérgio Aboudib.