O poço de petróleo no Campo de Inhambu, em São Mateus, que registrou um vazamento na última semana, apresentou falhas mecânicas e técnicas. Essa é a constatação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES).
Uma equipe multidisciplinar do órgão esteve no local nesta segunda-feira (20) para acompanhar as medidas que estão sendo implementadas para mitigar os danos causados pelo vazamento de emulsão de óleo e perda de vapor no poço.
Engenheiros ambientais, de petróleo e gás, de segurança do trabalho, geólogos, além de mecânicos, eletricistas, civis e agrônomos realizaram vistoria técnica e fiscal e deram início ao levantamento de informações para apurar as razões do acidente e contribuir com o restabelecimento da área afetada.
“Já há evidências que houve falhas mecânicas e técnicas. Também identificamos que a empresa que foi responsável pela perfuração do poço não está registrada no Crea-ES, o que acarretará autuação e multa. Solicitamos oficialmente a empresa responsável pela operação no local, todos os documentos fiscais e técnicos, inclusive o plano de emergência e o plano de recuperação diária relacionados ao evento”, disse o presidente do Crea-ES, Jorge Silva.
Uma análise preliminar realizada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) na quinta-feira (16), logo após o incidente, apontam que o vazamento de óleo provocou impactos leves na vegetação próxima à área afetada.
O Crea-ES, no entanto, afirmou a extensão da área atingida já ultrapassa o noticiado e que a quantidade de vazamento da emulsão de óleo passou dos 28 mil litros e atingiu o entorno do campo, a fauna e a flora local.