Com uma diferença de 528 votos, o sucessor do ex-prefeito Fabrício Petri venceu um processo eleitoral apertado no município de Anchieta
Leonardo Abrantes, conhecido como Léo Português, somou 8.405 votos, contra 7.877 do seu opositor Marquinhos Assad. A primeira derrota da gestão aconteceu antes mesmo do prefeito eleito sentar na cadeira. Com falta de habilidade política, não conseguiu emplacar o nome desejado na presidência da câmara, e acabou sendo forçado a aceitar o movimento que reelegeu Renal Delfino, que ficou contra ele durante a eleição.
Pra começar
A “escolha” do secretariado foi repleta de confusões e interferências. Alguns nomes permaneceram, outros entrariam com data de validade curta e a intenção era proporcionar “uma saída digna a quem já havia contribuído tanto”. Como era esperado, não houveram tantas novidades. Criaram uma equipe no primeiro escalação com o DNA PETRI em total predominância, e a estratégia, no mínimo questionável, de nomear por um período para depois trocar, não foi em frente.
Cargos criados
O que era para ser solução, se transformou em problema! Com uma grande quantidade de cargos de altos salários criados, iniciou-se uma verdadeira guerra de negociações, onde o prefeito parece ser o que menos decide alguma coisa. A iniciativa, obviamente, não bateu bem e a opinião pública, junto da insatisfação dos servidores efetivos que lutam por reposição salarial, formou um combo explosivo.
Bastidores
“Quem segue mandando na prefeitura de Anchieta é Fabrício!”. Esta frase já se tornou quase um mantra quando o assunto é a cidade do santo. Em Vitória, não há um agente público que não saiba disto. O ex-chefe do executivo estaria agindo com Léo da mesma forma que agia até o ano passado. Controla seus passos, liga, pede informação, quer saber o porquê de tudo que acontece na prefeitura e teria total influência em decisões importantes. Há quem diga que existem nomes que o próprio Léo não gostaria que estivessem na gestão, mas que “precisa” engolir. Será que suportorá os quatro anos neste papel?
2026
Fabrício ainda não confirmou oficialmente, mas deve ser candidato a deputado estadual no próximo ano. Outros movimentos acontecem na cidade, com a possibilidade de união entre Marquinhos Assad, Luiz Mattos e Geovane Meneguelle em torno de um projeto único. Com rival na cidade ou não, o processo eleitoral de 2026 será um excelente termômetro dos primeiros 22 meses de Léo “no comando” da prefeitura.