Em entrevista no último fim de semana, o ex-governador Paulo Hartung falou sobre sua atuação na política nacional, sobre ser ou não candidato ao governo e propôs oxigenação de lideranças no Espírito Santo

É difícil ser objetivo nas palavras quando o assunto é PH. O político consegue falar por duas horas, deixar como recado uma mensagem completamente reticente e ainda diz se aborrecer com a insistência de quem se recusa a ler seus sinais. Afirma já ter dado sua contribuição na função de governador, mas também diz “Eu não descarto nem encarto (risos). Não vou dizer que dessa água não beberei. Ninguém pode falar isso. O jogo é jogado. Eu vou usar uma expressão lá de Guaçuí, de Iúna, lá do Caparaó: o jogo é jogado, lambari é pescado.”

Dizer que Hartung pode não estar conectado com os novos sentimentos do eleitor é quase uma ofensa. O cara vive a política em tempo integral, dialoga com as maiores e mais renovadas lideranças do país, mas algo parece não sintonizar.

Paulo lembra a expressão inglesa “timing político”, contudo seu posicionamento e até a forma como lida com as redes sociais, lembram estratégias da época das eleições offline.

O sistema do TSE que exibe o perfil do eleitorado na eleição de 2024 aponta 919.050 eleitores e eleitoras entre 16 e 34 anos de idade, do total de 2.999.642. Este público consome informação objetiva, clara, pragmática, interativa e…divertida. PH, pelo menos parece, não compreender isto.

Seguindo sua cartilha, Hartung fala sobre oxigenação de lideranças para a disputa ao Palácio Anchieta. Elogia Pazolini, mas também destaca o nome de Arnaldinho.