Duas médicas plantonistas foram afastadas de suas funções pelo Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, após o adolescente de Cachoeiro de Itapemirim, Kevinn Belo Tomé da Silva, de 16 anos, morrer dentro de uma ambulância, depois de ficar por cerca de quatro horas na porta do hospital aguardando atendimento, na madrugada deste sábado (30). Um primo da mãe de Kevinn acompanha os dois e gravou um vídeo revoltado com o descaso.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou imediatamente que a direção do hospital vai fazer uma representação contra as médicas junto ao Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) na próxima segunda-feira (2).
É impossível tentar sentir a dor desta mãe. Não há palavras que possam neste momento trazer o conforto necessário. Justificativas técnicas não serão capazes de apagar a sensação de descaso, e muito menos trarão a vida de Kevinn.
Em pé de igualdade com as “profissionais” que ignoraram um menino de 16 anos morrendo aos poucos na porta do hospital estão os agentes políticos que utilizam o ocorrido para tentarem se promover eleitoralmente.
É absolutamente nojento! Usar a dor de uma mãe para agredir, para culpar de forma injusta gestores que atuam em outra ponta, que têm responsabilidade sim pela saúde do estado de forma geral, mas que infelizmente não conseguem estar presentes nos 78 municípios ao mesmo tempo fiscalizando todos os profissionais.
A questão não é, de forma alguma, relativizar a morte do menino Kevinn, mas sim grifar a crueldade de uma oposição sem escrúpulos. Para eles quanto pior melhor. Torcem para que situações como esta aconteçam todos os dias para que tenham munições eleitorais.
Uma falha que resulta na perda de uma vida precisa ser apurada, punida e nunca mais repetida. Profissionais de saúde que não possuem empatia não deveriam assumir tais responsabilidades, pelo visto deveriam buscar espaços políticos neste grupo de ódio covarde.