Vereadores de Apiacá, sul do Estado, vão apresentar ainda nesta semana ao presidente da Assembleia Legislativa (Ales), Erick Musso (Republicanos), pedido de exoneração do cargo de assessor ocupado pelo ex-prefeito do município, Humberto Alves de Souza (Republicanos), que teve as contas rejeitadas pela Câmara de Vereadores, na noite dessa terça-feira (22).
Com os direitos políticos suspensos no último mês de setembro, o ex-prefeito Betinho, como é conhecido na região, enfrenta processos por improbidade administrativa em decorrência de superfaturamento de contratos, segundo denúncia do Ministério Público (MPES).
“Estamos preparando um documento, para ser levado ao deputado Erick Musso, porque não há justificativa que Betinho continue como assessor do deputado Dary Pagung [PSB]”, informou o vereador Paulo Sérgio da Silva, o Serginho (Cidadania), presidente da Comissão de Finanças da Câmara, um dos nove que votaram a favor da rejeição das contas de Betinho, que só contou com dois votos favoráveis.
“No dia da votação, terça-feira, Betinho improvisou um protesto e fez discursos na praça da cidade, onde gritava que os vereadores são corruptos”, conta Serginho. Ele ressalta que o clima é tenso, desde 2016, quando Betinho perdeu as eleições para o atual prefeito, Fabrício Tebaldi (PP).
Betinho integra a relação de assessores dos chamados “gabinetes externos” dos deputados estaduais, alvo de embates em julho deste ano, após ter sido dispensada a necessidade do envio de relatório mensal de frequência. A medida dificulta a fiscalização das atividades desses servidores.