João Coser (PT) e Marcelo Santos (Podemos) largam na frente
Há pouco mais de um mês das eleições em primeiro turno e a quatro meses da posse, deputados estaduais eleitos e reeleitos já iniciaram as articulações para compor a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, a ser eleita no dia 1º de fevereiro de 2023, quando assumem os cargos. Alguns nomes circulam nos bastidores, sob os olhares do governador Renato Casagrande (PSB), que não tem a pretensão de se intrometer em questões de outros poderes, como afirma, apesar de a escolha entrar no contexto de toda gestão de governo.
Os deputados mais cotados, segundo o mercado político, são Marcelo Santos (Podemos), reeleito para o sexto mandato, com 41,6 mil votos, e João Coser (PT), que retorna à Assembleia com 58,2 mil votos, no embalo da campanha vitoriosa do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, o líder do seu partido, e da campanha eleitoral colada na de Casagrande. Essa aproximação, no entanto, não significa nenhum favoritismo, que recairia, comentam os bastidores, sobre Marcelo Santos.
João Coser, o terceiro mais bem votado, busca a formação de um grupo, mantendo entendimento com ex-deputados e os eleitos nas eleições de outubro, entre eles Denninho Silva (União) e o atual prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, do mesmo partido, ex-deputado estadual com bom trânsito na Assembleia.
Contado com a deputada reeleita Iriny Lopes, também do PT, João Coser busca garantir o apoio da deputada eleita Camila Valadão (Psol) e de outros parlamentares de centro, como Tyago Hoffmann (PSB), dono de 32,1 mil votos, da legenda coligada com o PT. Articulação necessária para fazer frente ao grupo da direita bolsonarista, liderado por Capitão Assumção (PL), segundo mais votado, com 98,6 mil votos. A bancada da oposição, do PL, é a maior da Assembleia, integrada também por Danilo Bahiense, reeleito, e os estreantes Lucas Polese, Callegari e Zé Preto.
Marcelo Santos, atual primeiro vice-presidente da Mesa Diretora, é aliado do governador Renato Casagrande e do mesmo partido do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, apontado como uma das mais fortes entre as novas lideranças políticas do Estado. No mercado, Marcelo é visto como favorito, não somente pelo seu prestígio com os deputados, mas também pelas ligações que mantém com o Palácio Anchieta.
Além do presidente, os deputados elegem o primeiro e segundo secretários, a cada dois anos. A escolha se dá em sessão preparatória, no início do primeiro e terceiro anos da legislatura, sendo permitido ao presidente se reeleger. Para substituir o presidente, são eleitos o primeiro e segundo vice-presidente.
Nova composição
A Assembleia Legislativa terá 16 novos deputados estaduais na próxima legislatura, de um total de 30, sendo cinco estreantes em mandatos políticos.
Os eleitos são os seguintes: Sergio Meneguelli (Republicanos) – 138,5 mil votos; Capitão Assumção (PL) – 98,6 mil; João Coser (PT) – 58,2 mil; Camila Valadao (Psol) – 52,2 mil; Marcelo Santos (Podemos), 41,6 mil; Iriny Lopes (PT) – 36,7 mil; Tyago Hoffmann (PSB) – 32,1 mil; Dr Bruno Resende (União) – 31,8 mil; Lucas Polese (PL) – 29,4 mil; Vandinho Leite (PSDB) – 29,1 mil; Lucas Scaramussa (Podemos) – 26,7 mil; Raquel Lessa (PP) – 26,4 mil; Denninho Silva (União) – 25,9 mil; e Janete de Sá (PSB) – 25,.8 mil.
E ainda Danilo Bahiense (PL) – 24,9 mil; Pablo Muribeca (Patriota) – 24,5 mil; Adilson Espindula (PDT) – 22,2 mil; Theodorico Ferraço (PP) – 20,8 mil; Hudson Leal (Republicanos) – 20,8 mil; Mazinho dos Anjos (PSDB) – 20,7 mil; Alexandre Xambinho (PSC) – 20,7 mil; Jose Esmeraldo (PDT) – 20,2 mil; Dary Pagung (PSB) – 18,7 mil; Fabrício Gandini (Cidadania) – 16,9 mil; Callegari (PL) – 16,8 mil; Zé Preto (PL) – 15,9 mil; Alcântaro (Republicanos) – 15,7 mil; Allan Ferreira (Podemos) – 15,1 mil; Bispo Alves (Republicanos) – 14,4 mil; e Coronel Weliton (PTB) – 12,.1 mil votos.