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Pesquisa aponta que brasileiros continuam líderes em índices de ansiedade e depressão

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostraram que o Brasil é o país mais ansioso do mundo e um dos líderes em casos de depressão. Este cenário se intensificou nos últimos anos. Uma pesquisa global liderada pela Universidade Estadual de Ohio (EUA) apontou que o Brasil continua líder em índices de ansiedade e depressão na pandemia, com um aumento de 25% em casos envolvendo essas duas doenças. 

A psicóloga Aline Melo explica que a ansiedade é uma reação normal do ser humano, que surge frequentemente com um foco direcionado, gerando expectativa ou um impacto na vida do indivíduo. Segundo ela, é preciso diferenciar a ansiedade natural de uma crise: “Apesar de apresentar alguns sintomas parecidos, a ansiedade natural pode ser mais bem administrada e normalmente tende a se dissipar conforme o motivo que gera essa reação é resolvido”. Mais do que fatores emocionais, a ansiedade pode desencadear alguns comportamentos e sensações desconfortáveis, como:

  • Roer unhas;
  • Palpitações e coração acelerado;
  • Sudorese;
  • Inquietação;
  • Boca seca;
  • Dor de barriga ou vontade de ir ao banheiro com frequência;
  • Tremores;
  • Insônia;
  • Falta de ar;
  • Bruxismo;
  • Ondas de calor ou de frio.

No caso de uma crise de ansiedade, por sua vez, o indivíduo muitas vezes não tem um motivo específico para o sofrimento emocional, e lida com uma sensação mais intensa e constante. De acordo com a especialista, “é importante dar atenção a este quadro quando ele passa a gerar sofrimento, dificultar a execução de planos, a funcionalidade e impedir realizações pessoais”. Dependendo da frequência e da intensidade que as reações aparecem, é necessário buscar auxílio profissional, conforme descrito no Manual de Classificação de Doenças Mentais, o DSM IV, que designa os graus elevados de ansiedade como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Por fim, como uma rotina de autocuidado, a especialista recomenda que as pessoas invistam em atividades físicas e ações prazerosas, que proporcionem o relaxamento do corpo e da mente, e evitem situações que estimulem a ansiedade, como competitividade e relações tóxicas. “A melhor forma de lidar com a ansiedade é reconher, primeiramente, se você vivencia um processo natural ou se é algo que já lhe gera uma dificuldade de se controlar, um sofrimento psíquico. Compreender seu próprio funcionamento, por meio de uma autoanálise das emoções ajuda a verificar se há necessidade de auxílio profissional para trabalhar o reconhecimento de gatilhos que geram a ansiedade, bem como estratégias de enfrentamento do problema”, adverte a psicóloga.