Depois de jurar fidelidade ao aliado Jair Bolsonaro no racha interno do PSL e ver a mulher, deputada federal Soraya Manato (PSL), alvo das redes sociais após se posicionar contrário ao grupo do presidente na guerra de listas que precedeu a definição da liderança do partido na Câmara dos Deputados, Carlos Manato, presidente estadual da legenda, resolveu não tomar partido na briga entre o grupo de Bolsonaro e do comandante da Nacional, Luciano Bivar, que rende há semanas em Brasília e em alguns estados. Diante do novo capítulo da novela, com a afirmação de Bolsonaro à Record de que a probabilidade de deixar o partido é de 80% e de criar um novo 90%, Manato declarou ao O Globo, nesta segunda-feira (4): “sou Bolsonaro, minha esposa vota tudo com o governo, mas não vou entrar na briga de ninguém nem vou deixar o PSL”. O discurso é o mesmo feito pela maioria dos dirigentes estaduais, aponta ainda o jornal, alegando como motivo para permanecer no partido o esforço de regularizá-lo. A permanecer esse cenário, Manato mantém a cadeira de Soraya e a bancada da Assembleia (Capitão Assumção, Torino Marques, coronel Alexandre Quintino e Danilo Bahiense), que não poderão migrar de sigla facilmente para correr atrás do presidente, mas poderá encarar pela frente um PSL esvaziado, sem a marca Bolsonaro, com prejuízos já em 2020 e respingos também em 2022. Além do mais, com tantas cobranças dos eleitores da “onda Bolsonaro”, surfada por Manato e os aliados na disputa de 2018, esse muro é mesmo seguro?