Em entrevista ao colunista Vitor Vogas, o governador Renato Casagrande fez algumas análises do cenário político, avaliou o processo eleitoral de 2022 e ainda afirmou que o clima político segue tensionado no país.

Em suas falas destacou a preocupação com o futuro do ES, demonstrou receio de que o Estado caia em mãos erradas, e até ressaltou que pode ser necessário que fique no mandato até o fim, para conduzir sua sucessão.

Ainda é muito cedo. Temos ainda neste ano as eleições municipais, mas a verdade é que os bastidores da política nunca param.

Confira algumas falas de Casagrande ao colunista:

“Em 2022, passei pela eleição mais difícil da minha vida. Foi uma eleição agressiva e violenta. E não estou vendo o ambiente político brasileiro se distensionar. O ex-presidente Bolsonaro continua tensionando, pela lógica de estar fora do governo. E o presidente Lula, que poderia distensionar o ambiente, não está fazendo isso.”

“Não quero estar condenado a ser candidato. Já sou governador pela terceira vez. Já exerci uma série de mandatos. O que eu desejava mesmo na minha vida pública era ter dois mandatos seguidos de governador, para consolidar projetos, e estou fazendo isso nestes dois mandatos. Acho que a próxima eleição também será muito dura. A do Senado menos que a eleição para o Governo do Estado, mas também poderá ser. E, num ambiente como esse, de tanta violência, não quero estar condenado a ser candidato. Posso decidir não ser. Já cumpri minha tarefa pública com mandatos. Posso ir fazer outras coisas.”

“Tenho muita responsabilidade com o Estado. Pode ser que, dependendo da necessidade do Estado, eu tenha que ficar no governo para conduzir a eleição. Estamos tendo um governo de muitos resultados, um governo municipalista, com nível de investimento alto. Não podemos colocar o Estado em risco”, adverte o governador.