O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda disse que os dois policiais não tiveram o equilíbrio emocional que são treinados para ter diante de conflitos. Por causa disso, ele decidiu afastá-los para investigação
Os dois policiais civis, que se envolveram em uma discussão com um funcionário dos Correios, na última segunda-feira (25), em Vitória, serão afastados. A decisão foi anunciada pelo delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, em entrevista à TV Gazeta.
A confusão aconteceu em meio a uma manifestação realizada pelos próprios policiais, na Avenida Nossa Senhora da Penha. Em um vídeo (veja abaixo), que viralizou nas redes sociais, os policiais (um homem e uma mulher) aparecem gritando com o funcionário dos Correios, que está em uma moto. Em um momento, a policial civil percebe que está sendo filmada e vai para cima de um motoboy que filma toda a situação.
Para Arruda, o comportamento demonstrado pelos policiais no vídeo foge do padrão da Polícia Civil. Eles são treinados para ter equilíbrio psicológico diante de situações de conflito.
“O policial civil recebe um treinamento na academia de polícia, no sentido de saber conduzir processos e negociações de conflitos. Quando sai dessa realidade, temos que intervir e estamos fazendo isso agora. Eles estão sendo afastados de suas funções para que haja uma celeridade e lisura nas investigações”
O afastamento dos policiais será comunicado à Corregedoria e oficializado nesta quarta-feira (27). A partir daí, será instaurado um processo administrativo para investigar a conduta dos servidores. De acordo com Arruda, também será analisado se os profissionais precisam receber algum tipo de atendimento médico.
“Vamos analisar se é motivo de encaminhá-los para o departamento social para que haja um estudo sobre o comportamento, o motivo do nível de stress tão elevado para que eles possam ser atendimentos e porque não ser tratados. Não podemos só punir, devemos cuidar”, declarou.
O delegado-geral afirmou que, mesmo se tratando de policiais civis, a apuração do caso será feita da maneira mais isenta possível.
“A nossa corregedoria é muito séria. A corregedora, Dra Fabiana Maioral tem total capacidade para fazer a investigação, não só dos fatos já narrados, de uma suposta atropelamento, como a reação dos policiais. Tudo será aprovado, dentro dos processos legais, não podemos aqui determinar uma culpa ou impor uma pena, tudo será apurado de forma muito séria”, finalizou.