O subsecretário estadual da Casa Civil para Assuntos Administrativos, Ricardo Iannotti, vai assumir a secretaria que será responsável por gerir os recursos do acordo de Mariana. A pasta ainda será criada, mas a confirmação do nome de Iannotti para o posto foi feita pelo próprio governador, Renato Casagrande (PSB).

O governador enviou para a Assembleia Legislativa, na semana passada, um projeto de lei complementar que cria a Secretaria de Estado de Recuperação do Rio Doce (Serd). Na justificativa, o governador alegou que recentemente, o STF homologou o novo acordo para a reparação dos danos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), que ocorreu em 2015.

Ao longo de 20 anos, o Estado vai receber a quantia de R$ 14,8 bilhões e o governador comunicou a necessidade de criar uma “estrutura própria e dedicada à aplicação dos recursos do acordo face a sua longa duração de recebimento e execução, bem como o alto volume financeiro, que vai elevar a esta unidade administrativa um dos maiores orçamentos do Estado”.

O artigo 3º do projeto, que traz a estrutura da secretaria, cita que, além do secretário, a pasta terá três subsecretarias, seis gerências, grupos e assessorias.

Somando tudo, serão 45 novos cargos a um custo mensal de R$ 259,5 mil e mais três funções gratificadas, que custarão R$ 10 mil. Para o ano que vem, o impacto financeiro com a secretaria será de R$ 4,7 milhões.

Se aprovado o projeto, a Serd ocupará a 26ª cadeira no 1º escalão – hoje são 24 secretarias e mais a Procuradoria-Geral do Estado.

Quem é Iannotti?

Segundo informações de suas redes sociais e do Portal de Transparência do Governo do Estado, Ricardo Iannotti é advogado, jornalista, tem MBA em Gestão Pública e é o coordenador no Estado do Comitê Pró-Rio Doce, além de atuar como subsecretário da Casa Civil.

Ianotti também atua, segundo o Portal de Transparência, como conselheiro do Ceasa. Ele já foi diretor da Rádio Espírito Santo e assessor no Tribunal de Contas do Estado.

Como coordenador do Comitê Pró-Rio Doce, ele tem estado à frente das demandas do Estado e do pleito pela indenização para mitigar os danos causados pela tragédia que afetou profundamente a Bacia do Rio Doce, assim como as comunidades adjacentes.