O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Marcelo Santos (União), convocou jornalistas nesta quarta-feira (11) para uma coletiva de imprensa no Salão Nobre do Palácio Domingos Martins. No encontro, Marcelo fez um balanço dos dois anos de sua gestão à frente do Legislativo e também lançou sua pré-candidatura à reeleição para o comando da Casa no próximo biênio.
Marcelo abriu o discurso agradecendo à imprensa pelo acompanhamento do trabalho legislativo. “Temos muito a celebrar no Espírito Santo. Esses dois anos foram marcados por estabilidade e diálogo entre os Poderes, o que permitiu avanços importantes para o estado e a sociedade”, destacou o presidente.
Entretanto, o ponto alto da coletiva foi a reafirmação de sua lealdade ao governador Renato Casagrande (PSB), com quem compartilha uma longa trajetória de parceria política. “Como presidente da Assembleia, garanti que todos os projetos prioritários do Executivo fossem debatidos e aprovados com agilidade, sempre pautados pelo interesse público”, afirmou.
O discurso também incluiu uma mensagem direcionada a Casagrande, após a aprovação do orçamento estadual de 2025. “Não há motivos para temer, Renato. Sigo como aliado incondicional à frente da Assembleia e parceiro fiel em 2026”, declarou.
Ao admitir estar “inclinado” a disputar a reeleição em fevereiro, o presidente renovou seu compromisso político com o governador, prometendo apoiar uma possível candidatura de Casagrande ao Senado e o projeto de sucessão estadual liderado por ele e pelo vice-governador Ricardo Ferraço (MDB). “Ricardo tem toda a competência e liderança necessárias para dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado no Espírito Santo.”
No mesmo sentido, foi muito significativa a declaração do presidente a respeito de Lorenzo Pazolini (Republicanos). Cotado para concorrer ao Governo do Estado em 2026, mas por uma frente política alternativa (ou adversária) à de Casagrande, o prefeito de Vitória teve sua reeleição apoiada por Marcelo, no pleito municipal deste ano – o que foi lido, inclusive aqui, como um possível sinal de que o presidente da Assembleia poderia estar ampliando seu leque de opções e ensaiando se movimentar de modo mais independente do Palácio Anchieta, com o olhar em 2026. Marcelo foi peremptório: seu apoio a Pazolini, segundo ele, foi exclusivamente em Vitória, e ele não tem compromisso eleitoral algum com o prefeito no futuro.
Tanto em sua fala inicial como nas respostas a mim e aos colegas, Marcelo também fez questão de enfatizar – até com certa insistência – que, sob sua liderança, a Assembleia garantiu estabilidade política total, nos últimos dois anos, ao Espírito Santo, aos outros Poderes e, especificamente, ao Governo Estadual.