A forte queda no poder de compra atinge diretamente diversas camadas sociais no país e traz a sensação de “vida difícil”
O governo Lula apresenta problemas de gestão com forte influência na economia, tem grandes dificuldades em se conectar com os anseios da população, por conta de uma comunicação quase amadora (e logo trarei exemplos). Além disto, a relação política não é das melhores.
A verdade é que o presidente foi eleito com uma fatia de votos moderados, que esperavam um mandato equilibrado, estável, sem polêmicas diárias, e com avanços econômicos, ambientais e sociais.
Nada aconteceu! O debate em torno do meio ambiente, que errôneamente se tornou uma “bandeira de esquerda”, como se não fosse uma causa de todos, ficou na mesma. Marina, militante reconhecida da causa ambiental, não disse a que veio. Só lamenta, fala, argumenta, mas não apresenta resultados práticos. O salário mínimo dura dias na conta do trabalhador. Como viver com R$ 1.518? Aluguel, energia, água, alimentação, transporte…e a vida? Não se veste? Não se diverte? A luta para sobreviver em meio ao caos atinge também famílias de outros níveis sociais. Uma família que vivia confortavelmente com R$6.000,00 já não vive mais. O dinheiro perdeu o valor! Isto é culpa do Lula apenas? Provavelmente não, mas cai na conta dele.
Donald Trump foi eleito exatamente por este motivo. O cidadão americano comparou! ‘Na época dele estava melhor! Meu dinheiro rendia mais”.
Sobre a comunicação do governo
“Agora o pix será taxado!”
Até os mais informados, em algum momento, acreditaram que isto poderia ter um dedo de verdade. Mais uma falha absurda de uma comunicação lenta e desconectada. Estão gastando uma energia gigante para tentar desmentir algo que deveria ter sido minuciosamente explicado antes de ser divulgado da forma amadora que foi.
Casos de dengue se multiplicaram por 4
Em 2024 morreram mais pessoas do que de 2019 até 2023. Lula, durante a pandemia, apontava o despreparo de Bolsonaro na compra das vacinas contra a COVID-19. Aliás, um dos motivos do seu fracasso eleitoral. Mas e agora? A vacina contra a dengue existe! Os hospitais estão lotados de casos, os óbitos seguem. Cadê a vacina no braço do brasileiro? Aliás, a grande maioria da população nem sabe da existência do imunizante.
Tem luz no fim do túnel?
A um ano e meio do início do processo eleitoral que escolherá o Presidente da República ainda não temos um desenho político. Não é possível identificar um projeto que aponte para uma mudança propositiva. O debate segue polarizado. Jair Bolsonado impedido de se candidatar segue afirmando que será candidato. A cúpula de Lula, que ou está cega ou se fingindo de besta, exibe que o líder é primeiro lugar e dono de uma gestão impecável.
O brasileiro que vive fora do debate ideológico, cidadão normal, que não anda tendo motivos para sorrir, olha pra frente e não consegue enxergar solução. Só não quer mais trabalhar 30 dias e ter 5 dias de dinheiro para pagar parte das contas e tocar o resto do mês na base do milagre.
Lula, se for candidato em 26, dificilmente vencerá as eleições! Mas quem vencerá? Quem poderá nos ajudar?
Roberto Velasco
Publicitário / Gestor Público / Especialista em Marketing Político e Comunicação Pública