Uma bolha de ar quente vinda da Argentina e do Paraguai causou a primeira onda de calor do ano, impactando o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo. A previsão é de que as altas temperaturas persistam até sábado, 18 de janeiro, antes de uma frente fria chegar ao Rio Grande do Sul no domingo, 19 de janeiro.
Causas do fenômeno
A onda de calor é impulsionada por fortes ventos em altos níveis da atmosfera, que bloqueiam a passagem de frentes frias para o norte da Argentina e o Uruguai. Isso impede que massas de ar frio de origem polar cheguem às regiões afetadas, permitindo que uma bolha de ar quente se instale.
Temperaturas previstas
- Rio Grande do Sul: temperaturas acima de 40°C no oeste e regiões próximas à fronteira com a Argentina.
- Santa Catarina: máximas de 34°C na quinta-feira (16/1) e acima de 36°C na sexta-feira (17/1), especialmente no oeste, planalto e sul.
- Paraná: cidades como Paranavaí, Umuarama e Maringá devem registrar temperaturas superiores a 37°C.
- Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo: regiões próximas às fronteiras com Paraguai e Argentina terão temperaturas próximas ou acima de 40°C.
O que é uma onda de calor?
Uma onda de calor ocorre quando as temperaturas de uma região permanecem pelo menos 5°C acima da média por três dias consecutivos ou mais.
Preocupações com a saúde no RS
No Rio Grande do Sul, além das altas temperaturas, a baixa umidade relativa do ar, inferior a 30%, é motivo de alerta. A Organização Mundial da Saúde recomenda um índice acima de 40% para condições saudáveis.
Recomendações da Defesa Civil:
- Evitar atividades físicas externas entre 10h e 16h.
- Manter-se hidratado, especialmente crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde.
- Proteger-se do sol com roupas leves, chapéus e protetor solar.
- Reduzir a exposição direta ao sol.
Impactos adicionais
- Chuvas de verão: Apesar do calor intenso, pancadas de chuva devem ocorrer no fim da tarde em algumas áreas, podendo aliviar momentaneamente o desconforto térmico.
- Agricultura e energia: As condições climáticas podem impactar colheitas e aumentar a demanda por energia elétrica, especialmente para refrigeração.
O monitoramento climático continua, e autoridades seguem em alerta para minimizar os impactos da onda de calor.