O ministro da Economia, Paulo Guedes, demitiu, nesta quarta-feira (11), o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra. Ele era o nome forte da reforma tributária elaborada pela governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto assume o cargo interinamente.
Professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Cintra é defensor do imposto único e da criação de um Imposto sobre Transações Financeiras (ITF), aos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Paulo Guedes teria ficado insatisfeito com Cintra em virtude da rejeição à proposta de reforma tributária, que inclui a criação do tributo semelhante à CPMF. O Congresso não recebeu bem as alíquotas de 0,2% e 0,4%, propostas pelo secretário.
Guedes já havia sinalizado a interlocutores que Cintra não teria condições de ser o negociador da reforma tributária em nome do governo caso não viabilizasse a criação do novo imposto.
Em nota, o Ministério da Economia explicou o “pedido de exoneração” do secretário especial da Receita Federal. “Ainda que não há um projeto de reforma tributária finalizado. A equipe econômica trabalha na formulação de um novo regime tributário para corrigir distorções, simplificar normas, reduzir custos, aliviar a carga tributária sobre as famílias e desonerar a folha de pagamento”, destaca o texto.
O comunicado emenda. “A proposta somente será divulgada depois do aval do ministro Paulo Guedes e do presidente da República, Jair Bolsonaro. O ministro Paulo Guedes agradece ao secretário Marcos Cintra pelos serviços prestados”, conclui o texto.
Fonte: Metrópoles