As obras do Porto Central, em Presidente Kennedy (ES), considerado o maior porto privado de águas profundas em construção no Brasil, seguem em ritmo acelerado. Recentemente, teve início a preparação da pedreira que fornecerá as rochas para o quebra-mar sul, uma das estruturas-chave para proteger as futuras operações portuárias.

A pedreira, situada a 27 quilômetros da área portuária, está na etapa final de preparação para iniciar o fornecimento das rochas destinadas ao quebra-mar. O transporte do material seguirá um planejamento logístico detalhado, com monitoramento socioambiental.

Com uma área de 2 mil hectares, o Porto Central terá profundidade de até 25 metros e 54 berços de atracação, sendo projetado para movimentar cargas diversas, como grãos, fertilizantes, petróleo, gás natural, contêineres e apoiar operações offshore. O projeto será implantado em fases, de acordo com a demanda do mercado, sendo que a Fase 1 (em andamento) contempla um terminal de granéis líquidos voltado ao transbordo de petróleo entre navios.

No momento, estão em andamento atividades ambientais essenciais, como o plantio de mudas nativas e o manejo da fauna silvestre, exigências que fazem parte do licenciamento ambiental da obra. A movimentação no canteiro inclui a limpeza do terreno e o reaproveitamento da biomassa gerada.

O material vegetal removido foi triturado e incorporado ao solo superficial (topsoil), sendo transportado para áreas de compensação ambiental. Lá, ele está sendo utilizado para recuperar a cobertura vegetal. Mais de 15 mil mudas já foram plantadas e a meta é alcançar 100 mil até o fim da primeira fase.

As próximas etapas da fase 1 incluem a instalação do canteiro principal, a terraplanagem do terreno, a dragagem do canal de acesso e a montagem da central de pré-moldados de concreto. Essas etapas visam preparar a infraestrutura necessária para o início da operação comercial do terminal, prevista para 2027.