Romeu Zema afirmou que gostaria de governar um estado com finanças em dia e sem tantas dívidas como Minas Gerais
Durante a apresentação do Plano Estratégico Minas Espírito Santo, nesta segunda (17) o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) fez uma brincadeira com seu colega Renato Casagrande. Ele sugeriu ao governador capixaba uma troca, por um período, entre os dois. “Deve ser bom governar um Estado com as contas em dia”, disse Zema, arrancando risos da plateia.
Minas tem um endividamento aproximado de R$ 230 bilhões. Para se ter ideia, 25% dos servidores ainda não receberam o 13º Salário referente ao ano passado. O governo mineiro negocia a venda de uma mina de nióbio para tentar levantar o dinheiro que poderia ser usado no saneamento do estado.
Vale lembrar que, mesmo com o alto nível de endividamento, o governador de Minas anunciou que pretende dar um reajuste acima de 40% aos servidores da segurança pública. A medida tem sido criticado pela classe empresarial e até pelo governo federal, que vê risco fiscal se a decisão se concretizar.
Zema e Casagrande estiveram juntos com comitivas dos dois estados em Belo Horizonte na segunda. Na ocasião, firmaram uma parceria que pode se transformar em negócios e investimentos que beiram os R$ 46 bilhões. Se o plano for concretizado na íntegra, pode gerar, de acordo com projeção das duas federações de indústrias (de Minas e do Espírito Santo) e dos governos dos estados, 11,5 mil empregos no Espírito Santo e 47,1 mil no vizinho mineiro.
No anúncio do plano, foco na infraestrutura e logística. O esforço dos dois governos e das federações das indústrias é para tirar do papel a duplicação da BR-262, a renovação da concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, obra ferroviária do contorno da Serra do Tigre, desenvolvimento do Vale do Rio Doce, expansão do mercado de gás natural e um esforço para melhorar a segurança jurídica com objetivo de garantir investimentos para os estados.