A taxa de desocupação registrou 12,9% no trimestre encerrado em maio (março, abril e maio) de 2020, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O percentual de pessoas que procuravam vaga no mercado de trabalho subiu 1,2 ponto em comparação com o trimestre anterior, de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, quando estava em 11,6%. O desemprego atinge 12,7 milhões de pessoas.
Os dados foram divulgados nesta 3ª feira (30.jun.2020). Eis a íntegra (6 Mb).
A taxa também subiu 0,6 ponto percentual frente ao mesmo trimestre (março, abril e maio) de 2019, quando contabilizou 12,3%.
A última vez que a economia brasileira atingiu 12,9% de taxa de desemprego foi no trimestre de fevereiro, março e abril de 2018.
Com o resultado, a população desocupada subiu para 12,7 milhões –alta de 3% (ou 368 mil pessoas)– frente ao trimestre de dezembro, janeiro e fevereiro. O número de pessoas ficou estável em comparação com o mesmo período do ano passado.
A população ocupada representa 85,9 milhões –recuo de 8,3% em relação ao trimestre anterior. O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, está no menor percentual da série história, iniciada em 2012. Chegou a 49,5% depois de cair 54,5% em relação ao último trimestre (dezembro, janeiro e fevereiro).
SUBUTILIZAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO
A taxa de subutilização teve o maior nível da série histórica, iniciada em 2012, no trimestre de março, abril e maio. É considerado subutilizado quem está desempregado, trabalha menos do que poderia, não procurou emprego mesmo estando disponível para trabalhar ou quem procurou emprego, mas não estava disponível para o cargo.
O percentual alcançou 27,5% depois de ter alta de 4 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro, janeiro e fevereiro, quando registrou 23,5%.
Em quantidade, a subutilização atinge 30,4 milhões de pessoas, também recorde da série histórica. Em comparação ao último trimestre, 3,6 milhões ingressaram na subutilização.
Os desalentados –aqueles que desistiram de procurar emprego porque achavam que não conseguiriam– chegou a 5,4 milhões, o maior nível da série histórica. Aumentou 15,3% frente ao trimestre anterior. A taxa de desalentados registrou a 5,2% no trimestre de março, abril e maio.
A população fora da força de trabalho marcou 75,0 milhões –alta de 9,0 milhões de pessoas (13,7%) quando comparada com o trimestre anterior.
EMPREGOS
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, excluindo trabalhadores domésticos, caiu para 31,1 milhões no trimestre de março a maio –menor nível da série, iniciada em 2012.
Houve queda de 2,5 milhões de pessoas em comparação com o trimestre anterior (de dezembro a fevereiro). Em termos percentuais, representa recuo de 7,5%.
O trabalho informal (sem carteira assinada) chegou a 9,2 milhões de pessoas, depois de reduzir 2,4 milhões de pessoas (-20,8%).
A taxa de informalidade foi de 37,6% da população ocupada. Representa 32,3 milhões de trabalhadores informais, o menor nível da série, iniciada em 2016.
O rendimento real habitual (R$ 2.460) subiu 3,6% frente ao trimestre anterior e 4,9% frente ao mesmo período de 2019. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 206,6 bilhões de reais), recuou 5,0% em relação ao trimestre anterior e 2,8% em relação a 2019.