Segundo levantamento, Brasil tem 220 milhões de doses reservadas da vacina, seja por compra direta ou licenciamento de produção. Estados Unidos e um instituto da Índia lideram com 1 bilhão
Um levantamento feito pelo Quartz colocou o Brasil entre os países com mais doses reservadas de vacina de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. São 220 milhões de doses até agora, sendo 100 milhões da AstraZeneca e 120 milhões da Sinovac.
A contagem inclui tanto a compra direta de estoque quanto o licenciamento para produção local. No caso do Brasil, as doses foram licenciadas em troca de testes feitos no país.
Os Estados Unidos aparecem na liderança, com 1 bilhão de doses. A maioria delas (600 milhões) vem do acordo com a Pfizer e BioNTech de comprar todo o estoque de sua vacina para este ano.
Algumas organizações também estão na lista. O Serum Institute, da Índia, empresa fundada pelo bilionário Cyrus Poonwalla, receberá 1 bilhão de doses da AstraZeneca. No entanto, o acordo feito pela empresa italiana com a indiana obriga o Serum Institute a distribuir a vacina para países de renda média baixa.
O mesmo acordo foi feito com institutos como o GAVI (Aliança Global para Vacinas e Imunizações) e CEPI (Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias), que receberão 300 milhões de doses da AstraZeneca. As duas fundações têm ligação com a Bill and Melinda Gates Foundation, instituição filantrópica de Bill Gates, fundador da Microsoft.
Na Europa, a União Europeia aparece com 500 milhões de doses reservadas, sendo 300 milhões da Sanofi e 200 milhões da Johnson&Johnson. Alemanha, Itália, França e Países Baixos têm acordos fora do bloco, com mais 400 milhões de doses da AstraZeneca para os quatro países.
Existe uma questão quanto a esses números: ainda não há comprovação definitiva de que alguma das vacinas produzidas funcionam. Por isso, acordos com o do Brasil com a chinesa Sinovac dependem exclusivamente da eficácia do imunizante.
Por enquanto, cinco vacinas estão em estágio avançado de testes: AstraZeneca/Oxford, Moderna, Pfizer/BioNTech, Sinovac e Sinopharm.