O influenciador Felca, conhecido pelo humor ácido e conteúdo irreverente, surpreendeu a internet com um vídeo de 50 minutos que foge totalmente do seu estilo habitual. Publicado em 7 de agosto, o conteúdo, intitulado “adultização”, reuniu denúncias de exploração infantil nas redes sociais, entrevistas com especialistas e críticas severas ao papel das plataformas digitais.
O vídeo já ultrapassou 20 milhões de visualizações em apenas três dias e virou um dos assuntos mais comentados no Brasil.
O que Felca denunciou
No material, o youtuber de 5 milhões de inscritos mostrou como o algoritmo das redes pode facilitar o acesso de pedófilos a conteúdos de menores de idade. Ele também apresentou casos que já estão na mira do Ministério Público, como:
- Hytalo Santos – Influenciador paraibano investigado por ostentar uma rotina cercada de crianças e adolescentes, incluindo Kamylinha Santos, que aparece em suas redes desde os 12 anos.
- Bel Para Meninas – Canal infantil denunciado ao MP-RJ em 2020 por suposto comportamento abusivo da mãe nos vídeos.
- Caroliny Dreher – Caso de uma menor cujos conteúdos íntimos teriam sido vendidos pela própria mãe para redes de pedofilia no Telegram.
Felca chamou a atuação de alguns influenciadores nesse contexto de “circo macabro”.
Ataques e processos
Durante a investigação, Felca passou a seguir contas ligadas ao abuso infantil para entender o funcionamento da rede de distribuição de conteúdo. Isso foi usado por detratores como pretexto para acusá-lo de pedofilia.
O influenciador entrou com processo contra mais de 200 perfis por difamação, solicitando quebra de sigilo e propondo que os acusadores doem R$ 250 para instituições que combatem o abuso infantil como forma de acordo.
Repercussão política
A deputada federal Erika Hilton elogiou publicamente Felca pela apuração e informou que acionou a Polícia Federal e a Justiça contra os perfis denunciados, além de pressionar as redes sociais para reforçar a proteção de menores.
Quem é Felca?
Felca é o nome artístico de Felipe Bressanim Pereira, 27 anos, de Londrina (PR). Começou na internet em 2012 como streamer e migrou para o humor, mas já abordou temas sérios em ocasiões pontuais. Antes do vídeo “adultização”, era mais lembrado por vídeos cômicos que viralizaram, como a resenha da base da influenciadora Virgínia Fonseca e críticas às “lives de NPC”.
Por que isso importa
O vídeo de Felca não só reacendeu o debate sobre a exposição de crianças na internet, mas também cobrou das plataformas maior responsabilidade na moderação de conteúdo. Especialistas alertam que a adultização precoce traz riscos à saúde mental e física, além de alimentar redes criminosas.
Fontes complementares: