O deputado estadual Sergio Majeski, em nota divulgada neste sábado (4), último dia para as filiações partidárias, afirma que permanecerá no PSB e destaca que não será candidato à Prefeitura de Vitória a qualquer custo. Com essa decisão, o parlamentar rejeita os convites da Rede e do DEM e deixa em aberto se adotará ou não outras medidas a fim de viabilizar seu nome para a disputa. 

Em fevereiro deste ano, ao criticar as prévias do PSB, quando sua candidatura foi rejeitada, Majeski afirmou: “Eu sou tão pré-candidato quanto eu entrei. Eu não renuncio a absolutamente nada”, registrando duas opções na ocasião, apresentar a pré-candidatura na convenção de julho ou sair do partido.  

Sua permanência no PSB confirma, também, a pré-candidatura a prefeito do vereador Roberto Martins (Rede), já que havia o entendimento de Majeski encabeçar uma chapa nessa sigla, tendo Martins como vice. No entanto, essa composição dependia da liberação de Majeski pelo PSB, o que não ocorreu.   

“Com relação às eleições municipais ainda programadas para este ano, venho esclarecer que não ingressarei neste sábado numa nova sigla com o propósito de viabilizar candidatura a prefeito de Vitória. Agradeço imensamente aos partidos que me convidaram e apresentaram propostas para debater os rumos da Capital do nosso Espírito Santo. A todos, o meu respeito e muito obrigado!”, diz a nota. 

A seguir, o texto esclarece: “Sempre deixei claro que não serei candidato a prefeito a qualquer custo”, e mais adiante comenta sobre as dificuldades de manter entendimento com lideranças partidárias por causa do isolamento social: 

“A pandemia e as consequentes restrições sabiamente adotadas pelas autoridades para diminuir a circulação das pessoas e a disseminação do novo coronavírus nas últimas semanas também dificultaram as conversas com os dirigentes dos partidos, para a apresentação, discussão e confirmação de novos projetos administrativos que realmente estejam coadunados com a ‘nova política’ e com o trabalho que desempenho representando e defendendo os interesses da sociedade capixaba na Assembleia Legislativa”. 

“Passado o período de isolamento, a retomada das atividades no Legislativo Estadual necessitará de muita energia, equilíbrio e compromisso em prol de todo o Espírito Santo, até 2022”. O parlamentar fala também, na nota, sobre o adiamento das eleições: “Defendo ainda que as eleições municipais não ocorram em outubro próximo. A prioridade nacional em 2020 é concentrar esforços para combater a crise na saúde, cujo auge ainda está por vir, preservando vidas”.

Ele destaca, no texto que “as campanhas eleitorais, nos mais de cinco mil municípios brasileiros, irão coincidir e dividir recursos e esforços do Governo Federal, Congresso Nacional, governos estaduais e municipais, Assembleias Legislativas, câmaras municipais e da população num período importante de trabalho e de reconstrução para tentar superar as dores, os estragos e os sérios prejuízos causados pela pandemia”.

No trecho final, Majeski reforça que “o momento é de união, com trabalho coletivo das autoridades e instituições e com envolvimento essencial da sociedade para garantir a prevenção e a assistência necessárias neste momento de combate ao novo coronavírus e de atenção à saúde das pessoas”.

Rejeição

Nas prévias realizadas em fevereiro desse ano, como já era esperado, o vice-prefeito de Vitória, Sérgio Sá, foi o vencedor. Sergio Majeski recebeu apenas dois votos, contra os 60 dados a Sérgio Sá. Apesar do resultado, Majeski afirmou à época que manteria a candidatura, que será definida na convenção do partido, no próximo mês de julho. 

O deputado criticou a escolha por meio de voto aberto. “Esse evento não tem fundamentação jurídica nenhuma. O próprio estatuto do PSB, alguns desconhecem, diz claramente: a única forma de escolher candidato é a convenção e ninguém pode proibir as pessoas de participar de convenção”, comentou o deputado.

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