A rede social Facebook tem sido alvo de boicote de empresas que se posicionam contra o discurso do ódio

O Facebook perdeu US$ 74,6 bilhões na última semana com a forte desvalorização das ações no índice Nasdaq dos Estados Unidos. O valor de mercado caiu para US$ 615,6 bilhões.

A desvalorização foi potencializada com os boicotes de anunciantes na rede social. Marcas importantes, como a Coca-Cola, suspenderam a veiculação de publicidade na rede social em exigências para impedir o discurso de ódio.

Neste domingo (28.jun.2020), a Pepsi e a Starbucks também anunciaram adesão ao boicote. A empresa de refrigerante deve interromper as veiculações pelos meses de julho e agosto.

Nesta 6ª feira (28.jun.2020), o CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg anunciou regras para endurecer a atuação contra as postagens.

As ações da empresa caíram de US$ 238,79 para US$ 216,08 na última semana.

O movimento Stop Hate for Profit (pare de dar lucro ao ódio, em inglês), criado por grupos de direitos civis, quer que empresas deixem de anunciar no mês de julho.

Grandes empresas, como a Coca-Cola, a Honda, a Unilever, a Verizon e The North Face divulgaram as suspensões dos anúncios.

A maior fonte de receita do Facebook é com publicidade. De acordo com o balanço, 98% da receita vem dessa fonte. No 1º trimestre de 2020, foram US$ 17,4 bilhões pagos por anunciantes.

A Coca-Cola afirmou que vai suspender em todas as plataformas de redes sociais por pelo menos 30 dias. Além do Facebook e Instagram (do mesmo grupo), afeta o Twitter e o Youtube.

Na 6ª feira (26.jun.2020), as ações do Twitter na Bolsa de Nova York tombaram 7,40%, aos US$ 29,05.

O movimento também revela a preocupação com as eleições nos Estados Unidos neste ano. O vice-presidente executivo de mídia global da Unilever, Luis Di Como, afirmou que a atual polarização no país força a maior fiscalização na área do discurso de ódio.